Um comício que não convenceu, seja pela falta de público ou pelas propostas ao eleitor.
Hoje à tarde o deputado federal Raul Jungmann organizou no centro do Recife a Tribuna 45, que pretende conquistar votos e dividendos políticos ao tucano José Serra, candidato à presidência pelo PSDB.
O encontro reuniu poucas pessoas, mas o grande nome da tarde foi, sem dúvidas, a cortejada Marina Silva (PV).
A “onda verde” parece que atingiu também, além do eleitor, a oposição tucana.
No comício que teve a presença da presidente do diretório municipal do PSDB Aline Mariano e do líder do PMN em Pernambuco Sílvio Barbosa não faltaram elogios à Marina.
O próprio Jungmann foi o primeiro a revelar suas admirações pela ex-ministra do Meio Ambiente. “Eu gosto muito de Marina e ela gosta de minha pessoa.
Quando eu fui ministro, ela compareceu a minha posse em Brasília.
Mas eu acredito que ela vai se manter neutra nesse segundo turno”, afirma o pós-socialista.
O PV nunca foi tão importante numa disputa presidencial.
Para Jungmann, o eleitor de Marina é decisivo nessa etapa, pois, sem grandes investimentos de campanha no Recife e mesmo sem um forte cabo eleitoral, a verde conquistou cerca de 30% das intenções de voto na capital pernambucana. “Marina é um exemplo.
Não podemos ficar presos a velhos modelos de fazer política.
Com ela, a pauta do meio ambiente ficou em destaque nesse pleito.
Porém, nessas condições de segundo turno, você tem que começar na guerrilha.
Se a gente for esperar o exército pronto, com planejamento, isso vai levar algum tempo e pode ser tarde demais”, justifica Jungmann.
A estratégia oposicionista será a de aproveitar a popularidade dos senadores Marco Maciel (DEM) e do próprio Jarbas Vasconcelos (PMDB) , ainda que ambos tenham sido derrotados neste pleito.
Junto com os dois, as siglas PPS e PMN irão coordenar a campanha de Serra em Pernambuco.
O candidato também defendeu recorrer aos feitos passados da oposição, quando Jarbas Vasconcelos e Fernando Henrique Cardoso estiveram no comando do Estado e do País.