O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, avaliou nesta terça-feira, 05 de outubro, como positiva, mas insuficiente, a decisão do governo de dobrar para 4% a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no investimento estrangeiro em renda fixa como medida para atenuar a valorização do real. “O governo se valeu de um recurso ágil diante de um cenário internacional de grande fluxo de recursos externos para o país, mas não é uma solução definitiva.
Existe amplo espaço para outras medidas de contenção da apreciação do real”, enfatizou Castelo Branco.
Alinhou a devolução de créditos tributários, melhores condições de financiamento e melhorias na infraestrutura como iniciativas que elevam a competitividade das empresas diante da valorização cambial, que, na sua visão, está prejudicando gravemente o desempenho das exportações.
O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI lembrou que a maior parte das medidas do pacote governamental de apoio à exportação anunciado em maio último não foi integralmente implementada. “ Tudo isso precisa ser acelerado”, defendeu.
Castelo Branco assinalou que alguns países estão reagindo ao forte desequilíbrio do câmbio, como os Estados Unidos, que ameaçam retaliar a China pela sua política cambial, e o Japão, que reduziu os juros. “O Brasil não pode ficar de fora deste movimento”, concluiu.