Mesmo estando unida para reeleger o governador Eduardo Campos (PSB), o município de Sirinhaém foi palco de um dos incidentes políticas mais violentos destas eleições.
O genro do ex-prefeito Alberto Machado (PSB), Márcio Máximo, foi agredido por cinco pessoas que, segundo testemunhas, são o filho, o sobrinho, o cunhado, funcionário e um militante do atual prefeito Fernando Urquiza (PTB).
Segundo reconstituição de cinco testemunhas e do próprio Márcio, no domingo (3), dia das eleições, por volta das 23h, o genro do prefeito saía da cidade pela Rua da Matriz, principal via de Sirinhaém, acompanhado da filha do ex-prefeito Camila Machado.
Quando passou pela frente do grupo político adversário, foi agredido ainda dentro do carro, sem ter havido nenhum tipo de provocação de nenhum dos lados.
O sobrinho do atual prefeito teria lhe dado um soco no rosto.
Outra pessoa teria lhe puxado para fora do carro.
Depois disso, o agredido não se lembra mais de nada. “Só lembro quando me puxaram do carro e senti uma pancada na nuca”. “Eu desci do carro aos prantos dizendo que ele era pai de duas crianças.
Eles chutavam a cabeça do meu marido.
Não fizeram coisa pior porque tinha muita gente em volta.”, afirmou Camila descrevendo a cena.
Segundo ela, os próprios amigos dos agressores interferiram para apartar, quando Márcio estava “inconsciente” e “babando sangue”.
Para a filha do ex-prefeito a agressão foi motivada por uma disputa local já que a nível estadual os dois grupos uniam forças em prol dos governistas.
Para a Câmara Federal, o lado de Machado apoiou Ana Arraes (PSB) enquanto os Urquiza, Danilo Cabral (PSB).
Para o Estado, os peessebistas investiam em João Fernando Coutinho (PSB), enquanto os petebistas em Sílvio Costa Filho (PTB). “Quero justiça.
Quero que eles paguem.
Estou com muita raiva.
Foi uma covardia”, disse Márcio Márcio Máximo. “Vamos fazer o possível para que a justiça seja feita.
Ninguém vai apagar a cena que eu vi.
Agrediram meu marido para atingir o meu pai”, completou, desconsolada, Camila.
Mesmo depois do incidente, os Machado permanecerão na política. “A gente não vai sair.
Temos uma vida política reta.
A gente faz política séria, não marginalismo”, acusou. “Não quero que haja impunidade para que exista liberdade em Sirinhaém.
Para que as pessoas se sintam seguras para votar em quem quiserem em na nossa cidade”, disse a filha do ex-prefeito.
Depois dos primeiro socorros em hospital local, a vítima veio para hospital no Recife, de onde recebeu alta na tarde de ontem.
Com dores de cabeça e vertigem, Márcio ainda será submetido a exames.
Testemunhas afirmaram que que os agressores estavam bebendo no período em que vigora a lei seca.
A reportagem tentou ligar diversas vezes para o telefone da prefeitura de Sirinhaém em busca de uma respostas.
Contudo, ninguém atendeu.