O governador reeleito Eduardo Campos (PSB) viajou para Brasília para participar de uma reunião que discutiu os rumos que a campanha da petista Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República deve tomar neste segundo turno.
Na condição de presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro e de governador mais votado do Brasil proporcionalmente, Eduardo atendeu o convite da campanha petista e juntou-se a outros presidentes de partidos, governadores, senadores e deputados federais eleitos de todo o País.
No DF, o governador também gravou um depoimento para o guia eleitoral de TV da campanha petista.
Eduardo foi o primeiro convidado a dar a sua opinião sobre a estratégia que deve ser adotada até o próximo dia 31.
Ele disse ser necessário “entender o recado que veio das urnas”. “É preciso ter humildade para fazer uma avaliação bem ponderada, afinar a orquestra e ir para as ruas fazer um bom segundo turno.
Vamos apresentar a candidata e desfazer a onda de informações caluniosas que foi feita de forma bastante severa”.
O socialista atribuiu a disputa em segundo turno às denúncias envolvendo a Casa Civil e à uma campanha “fascista” de boatarias, voltada sobretudo ao público evangélico e ao católico mais tradicional. “Não vejo nada de extraordinário (em disputar o segundo turno).
Já fizemos segundo turno com Lula em 2002 e 2006.
Vamos resolver a eleição que poderia ter sido resolvida ontem lá no dia 30”, minimizou.
Eduardo chamou a atenção dos presentes dizendo ainda que é preciso tomar conta dos palanques locais que, em vários estados, perderam força com o fim da disputa entre os candidatos proporcionais e com a eleição dos candidatos majoritários já no primeiro turno, como no caso de Pernambuco.
Segundo o governador, o segundo turno será uma boa oportunidade para o eleitor conhecer um pouco mais a ex-ministra e, principalmente, comparar melhor as ideias dos dois candidatos à Presidência. “Vamos ter a oportunidade de ver os candidatos conversarem mais sobre a pauta do Brasil e aprofundarem suas propostas sobre política econômica, políticas sociais e outros compromissos.
Acho que vai ser uma oportunidade para Dilma apresentar ao Brasil a capacidade que ela tem de construir uma bela vitória”, disse.
Também participaram da reunião os senadores eleitos pela Frente Popular Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT), além do coordenador da campanha de Dilma em Pernambuco, o deputado federal eleito João Paulo (PT).