O senador Tasso Jereissati, do PSDB, ficará fora do Congresso na próxima legislatura.

Com 89,99% dos votos apurados no Ceará, Tasso estava em terceiro lugar, com 23,53% dos votos, longe dos dois primeiros colocados, que vão representar o Estado na Casa: Eunício Oliveira, do PMDB, com 36,31%, e José Pimentel, do PT, com 32,45%.

O atual governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), foi reeleito neste domingo com 61,6% dos votos, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com 89% dos votos apurados até agora.

Marcos Cals (PSDB) aparece em segundo lugar, com 19,4%, à frente do ex-governador Lúcio Alcântara (PR), com 16,1% do total.

O cientista político David Fleischer disse que a derrota de tradicionais lideranças no Senado se deve, em parte, pelo esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha. É o caso de Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (DEM-CE) e Marco Maciel (DEM-PE).

Ele explicou que o esforço do presidente foi para permitir que um eventual governo Dilma tenha uma bancada maior e mais coesa do que Lula teve.

O cientista político afirma que Dilma, se eleita, poderá contar com apoio de cerca de 60% do Senado, uma maioria mais confortável do que Lula, que teve em torno de 50%.

Para Fleischer, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) será o grande líder da oposição, mas deverá ter uma atuação mais pragmática, na tradição do avô, Tancredo Neves.

Ele acredita que a oposição deverá de ter uma atuação mais “cerebral” e menos radical, em relação aos últimos anos.