O voto casado funcionou mais uma vez em Pernambuco.
Agora é Armando e Humberto trabalhando juntos pelo bem de nossa terra.
Com a ajuda da popularidade de Lula, o governador Eduardo Campos conseguiu eleger os dois candidados de situação, Humberto Costa, do PT, e Armando Monteiro Neto, do PTB.
Com o sucesso da estratégia, os dois novos senadores devem agora se matar para ver quem pode ser o candidato mais viável à sucessão de Eduardo Campos.
Como complicador, nenhum deles é o candidato do peito do socialista.
Seria o secretário de Educação, Danilo Cabral, que precisa mostrar trabalho como deputado federal agora.
Na mesma Câmara dos Deputados, João Paulo também elege-se com uma boa votação e sai fortalecido, é um nome forte para a disputa majoritária, depois das eleições municipais.
O seu problema é que dificilmente o PT o dará uma legenda novamente para concorrer.
O curioso na disputa pelo Senado foi o grave erro das pesquisas.
Em nenhum momento elas apontavam o deputado federal Armando Neto como primeiro senador.
A mim, não surpreende.
Armando Neto, como presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), há muito tempo deixou de representar apenas os interesses de pernambuco. É agora um voto confiável para o grande capital no Senado.
Nada mais natural que tenha arrecadado uma soma expressiva para tocar sua eleição.
Humberto Campos nunca foi um candidato muito competitivo e só chega agora a uma eleição levado pela onda lulista.
Recebeu o voto do campo das esquerdas.
Pode ter tido uma vitória eleitoral, mas também uma derrota política, ao chegar atrás de Armando.
Por uma questão de coerência, com a eleição do senador do PT, devo admitir que cometi um erro de avaliação logo no começo da campanha.
Releia o artigo Incoerência na chapa pode prejudicar Humberto Costa.