O comando da campanha de Eduardo Campos informou que cancelou a caminhada prevista para esta tarde, em função do falecimento do ex-governador Cid Sampaio.

Nas eleições de 1958, o PTB obteve uma importante vitória no Rio Grande do Sul com Leonel de Moura Brizola, da ala mais radical do partido, derrotando Peracchi Barcelos, da coligação UDN, PSD e PL.

Cid Sampaio, da assim chamada UDN progressista, foi o candidato de uma estranha coligação que reunia, além do mais, petebistas, comunistas e socialistas.

Foi o grande vencedor, ao derrotar o candidato do PSD, Jarbas Maranhão.

O PSD era o partido hegemônico no Estado havia anos.

A UDN era a oposição estridente de um Carlos Lacerda.

Cid foi eleito governador de Pernambuco em 1958 cargo em que ficou até 1963.

Seu governo foi voltado para a industrialização, como a construção da Coperbo (Companhia Pernambucana de Borracha Sintética).

Foi eleito deputado federal de 1967 a1971 pela ARENA, e senador de 1983 a 1987.

Aos 85 anos, concorreu novamente ao cargo de governador de Pernambuco em 1994, mas acabou ficando em terceiro lugar Nos livros, uma análise histórica dessa eleição deixa evidente que, apesar dos pesares, a estabilidade do governo JK não ficara abalada, uma vez que sua base de sustentação continuou majoritária tanto na Câmara Federal quanto no Senado; no entanto, houve claros recados das urnas: nos centros urbanos, o resultado demonstrou o descontentamento de parcela importante da população com o processo inflacionário que corroía o poder de compra dos trabalhadores e da classe média.

O Índice Geral de Preços da FGV, por exemplo, saltou de 13,74 % em 1957 para 22,60 em 1958.

No campo, a derrota dos coronéis e dos grupos tradicionais, daria sua contribuição para a criação, no ano seguinte, da SUDENE.

Contudo, a longo prazo, seu resultado traria perturbadores reflexos para o futuro da democracia no país.