A uma semana das eleições, a deputada estadual Miriam Lacerda (DEM) reclama da conduta do atual governo no caso das malas-diretas. “Tenho feito muito porta-a-porta não só na zona rural, mas também na região metropolitana e centro de Caruaru.

Tenho andado por todo este Agreste.

Hoje mesmo (25), em caminhada no bairro do Salgado, um dos maiores bairros aqui de Caruaru, vi carteiros entregando várias dessas malas-diretas.

Não eram correspondências comuns não.

Eram essas “malas-diretas.

Quero registrar que encaro esta postura como abuso de poder econômico por parte do atual governo”, afirmou a deputada estadual e candidata a vice governadora do Estado pela Coligação Pernambuco Pode Mais.

Em matéria postada no último dia 23, no JC ONLINE, o Senador e candidato ao Governo do Estado, Jarbas Vasconcelos, já havia colocado em dúvida a origem do mailing utilizado pelo atual governador de Pernambuco. “Qual o cadastro em Pernambuco que tem três milhões e meio de casas?", questionou Jarbas, em entrevista ao JC.

Os adversários de Eduardo calculam que já foram distribuídas mais de 3,2 milhões dessas “malas-diretas” que são colocadas nas caixas de correios de edifícios e residências de todos os moradores do litoral ao sertão, principalmente nas zonas rurais dos municípios mais carentes.

A carta-folder de propaganda ensina os eleitores do estado a votar na chapa majoritária fechada do atual governador, Eduardo Campos (PSB).

Francisco Sampaio, ex-desembargador de Paulo Afonso (BA), presidente do DEM em Salgueiro, Sertão Central do estado, a 518 km do Recife, é outro adversário que recebeu a carta do atual governo e protesta. “No início estranhei, porque era uma carta aberta, sem meu nome, aliás, sem destinatário.

Pensei que era uma propaganda de alguma promoção de lojas de departamento.

Quando abri, lá estava, para minha surpresa, um ato totalmente arbitrário e de abuso desse governo que quer se perpetuar no Brasil e em Pernambuco.

Isso é um desmando, estamos vivendo numa terra sem lei, como na época da ditadura militar”, diz.