Ameaçado pela Ficha Limpa, Roriz desiste e lança sua mulher como candidata no DF DE BRASÍLIA A nove dias das eleições e com o risco de ser barrado pela Lei da Ficha Limpa, o candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) decidiu retirar sua candidatura para lançar sua mulher, Weslian, na disputa.
A informação foi divulgada há pouco no site da filha de Roriz, Liliane, que é candidata a deputada distrital. “Depois de passar a manhã em reunião, o ex-governador Joaquim Roriz decide lançar a esposa Weslian Roriz como candidata a governadora do Distrito Federal”, escreveu a filha de Roriz.
A Folha ainda não conseguiu localizar a assessoria de Roriz, mas o PSC confirmou a informação.
Assim como o marido, Weslian é filiada ao PSC.
Para candidaturas majoritárias, não há necessidade de aprovação em convenção do partido no caso de mudança de nome.
A foto na urna, entretanto, continuará sendo a de Joaquim Roriz, uma vez que o prazo para troca já expirou.
A decisão de Roriz foi tomada horas depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) adiar pela segunda vez o julgamento do recurso do PSC, que argumentava que a Lei da Ficha Limpa não poderia retroagir para tirar o candidato da disputa.
O julgamento está empatado e não há prazo para definição.
Ameaçado pela Lei da Ficha Limpa, Joaquim Roriz desiste e lança sua mulher como candidata no Distrito Federal A estratégia da campanha de Roriz é tentar reverter o estrago causado pela Ficha Limpa, que fez o candidato despencar nas pesquisas e ser ultrapassado pelo petista Agnelo Queiroz.
Além disso, a chapa do PSC afasta o risco de ter a candidatura barrada, caso o Supremo decidisse que Roriz é ficha suja.
JULGAMENTO Durante a madrugada de hoje, por conta de um impasse no julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa, os ministros do STF suspenderam a sessão sem tomar decisão sobre o caso.
Depois de dois dias e mais de 15 horas de sessão, terminou em 5 a 5 a análise de um recurso de Roriz contra decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que vetou sua candidatura ao governo do Distrito Federal. “Vamos esperar para ver o que vamos decidir”, disse o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso.