Atendendo às demandas dos comerciantes prejudicados pelas chuvas no mês de junho, em Pernambuco e Alagoas, o Banco do Brasil (BB) prometeu aumentar a liberação de crédito - que atualmente está em 322 - para mil liberações, até o final do mês.
A medida foi anunciada pelo diretor de Governo do BB, Sérgio Nazaré.
A iniciativa partiu de um pedido do governador Eduardo Campos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega para que a oferta de crédito do banco aos empresários afetados fosse desburocratizada.
O BB é um dos agentes financeiros do Programa Emergencial de Reconstrução dos Estados de Alagoas e Pernambuco, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES PER), junto com outras instituições, como a Caixa e o Banco do Nordeste.
Até o momento, a quantidade de propostas de crédito liberadas é de 547 e deve chegar a 2 mil, com as medidas de desburocratização promovidas pelo Banco do Brasil.
De acordo com dados do BNDES PER, já foram liberados mais de R$ 14,5 milhões e o total deve ultrapassar os R$ 39 milhões até o dia 30 de setembro.
Uma das novidades da linha de crédito é o cálculo do crédito a ser liberado com base na leitura de extratos de conta corrente de clientes ou não-clientes recentemente saídos da informalidade.
Além disso, a linha oferece a possibilidade de vinculação do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para clientes a menos de um ano.
Outras iniciativas de crédito são a dispensa de registro de cartório e do cálculo da capacidade de pagamento para operações de até R$ 50 mil e a prorrogação automática dos limites de crédito por 90 dias.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, são cinco mil pequenos empreendedores interessados na nova linha de crédito, implementada pelo BNDES.
Ele lembra que o BNDES PER foi criado em julho, pelo Governo Federal, com apoio dos Governos de Pernambuco e de Alagoas, para apoiar a reconstrução das empresas localizadas nos municípios que estejam em situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência das enchentes.
O dinheiro é emprestado por meio dos bancos credenciados pelo BNDES, sejam públicos ou privados, com juros baixos e prazos longos.