Na Veja O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, acredita que o Planalto só concordou com a saída de Erenice Guerra do cargo quando a decisão se tornou inevitável. “O governo agiu em defesa da campanha da Dilma, não só das instituições”, afirmou ao site de VEJA.
Para ele, o governo percebeu que as denúncias poderiam trazer prejuízos eleitorais à candidata do PT à Presidência.
Sérgio Guerra, que divulgou nesta quinta-feira uma nota pedindo a demissão da ministra, diz que Erenice “já devia ter saído antes”.
Na visão do presidente da legenda, ela era sucessora de uma “cadeia de irregularidades” envolvendo a Casa Civil desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A denúncia de tráfico de influência envolvendo o filho de Erenice Guerra, Israel, também deve ser exibida no horário político de José Serra na TV: “Eu acho que devemos usar todos os casos, sempre à procura da verdade”, defende Sérgio Guerra.
Ele também acredita que o caso, junto com a denúncia da quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB, pode mudar o cenário das eleições: “Está crescendo na opinião pública a tese de que nós precisamos de um segundo turno”.
Na edição desta semana, VEJA revelou que o filho da ministra, Erenice Guerra, atuava como lobista junto a empresários interessados em firmar contratos com o governo.
Ele cobrava uma comissão de 6% sobre os valores negociados.
Na terça-feira, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso.
Jefferson ironiza - No Twitter, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, também comentou a saída da ministra: “Erenice Guerra já deve estar marcando assento em viagem rumo ao ‘Vale dos Esquecidos’ do PT. É no ‘Vale dos Esquecidos’ que jazem Waldomiro Diniz, Delúbio Soares, Silvio Pereira e uma penca de aloprados”, escreveu, em referência aos escândalos que rondaram o órgão durante o governo Lula.