No fechamento do exercício de 2009, o diretor-geral do Grupo Nordeste, Paulo Sérgio Macedo, informou que a prioridade da organização seria fortalecer as operações nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.
O crescimento de 20% no faturamento no primeiro semestre de 2010 – R$ 340 milhões –, com projeção inicial de R$ 327 milhões, demonstra que o Grupo se reestruturou e se tornou mais lucrativo.
O lucro da empresa foi R$ 45 milhões, para uma estimativa de R$ 34,6 milhões. “O Grupo Nordeste chega aos 40 anos com forte liderança na região Nordeste, onde iniciou suas atividades, a partir da fundação em Pernambuco.
Também vai muito bem nas regiões Sudeste e Sul, com a marca Transbank.
Isso comprova que acertamos ao concentrar nossas operações nestas três regiões brasileiras”, afirma Macedo.
Os números crescem ainda mais quando comparados ao primeiro semestre de 2009, ainda sob o efeito da crise mundial.
O faturamento do semestre subiu 20%, e a geração de caixa, 104% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado.
A perspectiva é fechar 2010 com faturamento de 700 milhões, 5% acima do previsto, 16% a mais do que em 2009 , que atingiu o montante de R$ 602 milhões.
A projeção da geração de caixa para 2010 é R$ 90 milhões, 32% a mais do que os R$ 63 milhões do ano passado.
Segundo o superintendente-geral do Grupo Nordeste, Osvaldo Gramel Júnior, o faturamento da organização costuma ser, em média, 5% maior no segundo semestre do ano, em função da sazonalidade – como o pagamento do 13º salário e as festas de final de ano.
O crescimento até aqui registrado se deu principalmente em virtude dos novos investimentos realizados pelo grupo.
Um exemplo foi a aquisição da divisão de transporte de valores Sena Segurança, anunciada em janeiro último.
A Sena atuava em Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Com o negócio, o Grupo Nordeste incorporou 50 carros-fortes à sua frota, hoje com 800 veículos. “Acertamos ao acreditar no potencial do Nordeste brasileiro há 40 anos, quando ainda não havia indícios de que o crescimento se aceleraria como tem ocorrido nos últimos anos.
Nossa visão foi recompensada”, explica o diretor-geral do Grupo.
Gramel Júnior diz que o aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E também impacta positivamente nos resultados do Grupo, porque há mais dinheiro em circulação. “A base de pessoas destas classes é muito grande, o que amplia os efeitos de sua inclusão no mercado.
Além disso, eles utilizam muito os terminais de autoatendimento”, observa.
Com suas três principais marcas – Nordeste Segurança, Transbank e Soservi –, o Grupo Nordeste está presente em 15 Estados brasileiros, emprega 23 mil pessoas e tem 15 mil clientes.
Mil deles são empresas.
Os 10 principais clientes são instituições financeiras, Petrobrás e Vale do Rio Doce.
O superintendente-geral do Grupo Nordeste vê perspectivas tão boas para o mercado interno que descarta, por ora, investimentos fora do país: “Vamos fazer como os estrangeiros, que estão interessados em investir aqui”.