O Presente e o Futuro Por Pedro Eugênio Uma campanha eleitoral é um amplo espaço de debate em que o pedir votos é apenas uma das partes.

Sei que tudo leva a que as conversas e discursos se resumam ao ato de pedir apoio eleitoral para si e para os demais companheiro(a)s de chapa.

Mas, se puxamos a discussão para um plano mais profundo, aí a coisa muda.

De pronto verifico que as pessoas em geral estão mais serenas, menos emocionadas com o momento eleitoral.

Alguém poderia confundir isto com apatia.

Mas não me parece ser o caso.

Pois, não obstante esta quietude, encontramos os eleitores firmemente ancorados na percepção de que Dilma é parte de um projeto político que tem beneficiado de forma muito diferenciada e positiva a grande massa de nosso povo até então relegada ao esquecimento.

O momento econômico que tem criado muitos novos empregos, a descentralização e interiorização do desenvolvimento e os programas sociais formam um tripé sólido sobre o qual o eleitorado tem feito sua opção.

Nada parecido com submissão, subordinação ou coisas do gênero como tem a oposição acusado.

Pelo contrário, trata-se de processo onde o povão forma sua própria opinião baseada nos fatos e não na análise boçal de letrados que se autodenominam “formadores de opinião”. É assim que optam em número cada vez maior pelo voto em Dilma, por entenderem tratar-se da escolha de um projeto político que favorece o desenvolvimento com inclusão social. É fenômeno que revela alta politização, algo muito diferente do que intentou Serra e que visava despolitizar a eleição presidencial: zerar o passado e reduzir a campanha presidencial à comparação de currículos.

O mesmo processo que favorece Dilma atinge Eduardo Campos, que agrega ao processo suas realizações, muitas das quais bem associadas a ações federais bem como a Humberto, Armando e os candidatos a deputados associados a este projeto.

Entretanto, quando a discussão se dirige para os problemas locais, aí as pessoas se colocam muito criticamente.

Pois são muitas as carências em vários campos, a maioria de responsabilidade do poder municipal.

A vida das pessoas ainda está muito difícil e as mesmas vozes que anunciam sua decisão de votar “nos candidatos de Lula” falam com força das suas necessidades.

Fica claro que está se consolidando no país uma base social muito sólida de apoio ao projeto liderado pelo PT mas bastante consciente de que o que estão a apoiar é o compromisso de que o modelo de desenvolvimento com inclusão social, econômica e política vai continuar avançando.

A serenidade que as pessoas estão revelando, ao que entendo, sugere, repito, não apatia, mas maturidade expressa na tranquila determinação de não permitir mais que o Brasil deixe de buscar a igualdade, utopia que não devemos nunca esquecer.

PS: Pedro Eugênio é economista, deputado federal e candidato à reeleição