O ministro Guido Mantega justificou o não envio de um projeto de reforma tributária ao Congresso.
Segundo ele, ficou muito próximo ao período eleitoral, o que poderia gerar distorções. “A reforma tributária está pronta.
Não levamos adiante porque ficou muito próximo do período eleitoral e não dava para se fazer sem risco de distorção.
Dilma pode fazer a reforma logo no começo do governo”, opinou, já elegendo a presidente antes da votação de 3 de outubro.
Ao falar do tema, o ministro prometeu reduzir os encargos da folha de pagamento das empresas, para gerar mais empregos.
Hoje, a contribuição patronal chega a 20% para o INSS.
Mantega disse que está certo que caia para 6%.
Mantega também arrancou aplausos ao defender que se reduza o custo do capital de giro no país. “É uma tarefa do próximo governo”, afirmou, tendo reclamado dos spreads bancários.
Falando sobre os esforços do Brasil no enfrentamento da crise financeira mundial, Mantega fez referência ao trabalho de Armando Monteiro - então na presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI) - como integrante do Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC). “Quero prestar minha homenagem a Armando pelo excelente trabalho à frente da CNI.
Foi um grande parceiro, por vezes crítico, mas sempre construtivo.
No GAC, pudemos construir as saídas para o Brasil juntos.
As soluções foram encontradas em conjunto e o governo foi tomando as medidas necessárias.
Não é à toa que conseguimos sair da crise”, disse.