Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, foi apresentado o projeto de engordamento com areia de cinco quilômetros da orla de Jaboatão.
Serão beneficiadas todas as áreas castigadas pelo fenômeno do avanço do mar de Piedade, Candeias e Barra de Jangada.
Neste início de noite, o oceanógrafo Rodrigo Barletta (gerente da Coastal Planning) está fazendo a apresentação pública voltada para moradores das três praias da cidade, na Regional VI da Prefeitura de Jaboatão.
A proposta apresentada pela empresa americana Coastal Planning une a técnica do engordamento com densidade variada (trechos da praia recebem mais areia do que outros, onde a necessidade é menor) a intervenções nos quebra-mares existentes, especialmente em Piedade.
Para o prefeito Elias Gomes, Jaboatão sai na frente, mas ‘quando resolvermos o problema’ a mesma diretriz vai ser seguida nas cidades vizinhas.
Ele descarta o discurso pessimista de quem fala que não existe solução para o avanço do mar na Região Metropolitana do Recife e garante que o estudo será disponibilizado para o Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.
O prefeito Elias Gomes já adiantou que neste mês será iniciada a licitação do projeto executivo, com custo de R$ 1 milhão e que deverá levar seis meses para ser concluído.
Nesta fase, também serão indicadas as jazidas de areia que fornecerão o material necessário para a engorda da faixa de areia, que deve ter em média 40 metros de largura, chegando a até 60 em alguns trechos. “Em Jaboatão, prevemos que a engorda vai precisar de uma primeira manutenção depois de quatro ou cinco anos do fim da obra”, prevê o oceanógrafo Rodrigo Barletta, lembrando que são raros casos como os de Miami Beach e Copacabana, onde o processo nunca precisou de recolocação de areia.
As próximas fases são a elaboração do projeto executivo; mapeamento, prospecção e cubagem das jazidas; licenciamento ambiental e finalmente a execução da obra.
O secretário de Meio Ambiente, Marcio Mendes, lembra que, além do engordamento, a Prefeitura de Jaboatão está trabalhando também na recuperação urbanística da orla. “O avanço do mar impede que a população tenha acesso à mais democrática área de lazer do Município.
Mas, além disso, desvaloriza e coloca em risco centenas de imóveis e dificultava a operação do trade turístico, que passará a ter uma outra segurança após a conclusão da obra”, garante, na expectativa da cidade voltar a ser um novo pólo de atração de hotéis, pousadas e restaurantes à beira-mar.