Por quatro a três, os sete jurados decidiram pela absolvição dos irmãos Marcelo e Valfrido Lira, acusados de tentativa de estupro e homicídio duplamente qualificado das adolescentes Tarsila Gusmão e Maria Eduarda Vieira.
Como era esperado.
Na porta do Fórum de Ipojuca, o desfecho teve até direito a explosão de fogos.
A defesa deve recorrer da decisão.
Como era esperado.
Eu, pessoalmente, acreditava na culpabilidade dos acusados, mas trata-se apenas de uma opinião, que se dobra à vontade da Justiça formal.
O desfecho mostra que o julgamento não poderia ter ocorrido na localidade, contaminada com a campanha de luta de classes que se formou ali.
Os dois foram liberados imediatamente e, como se disse aqui, já amanhã poderão tomar banho nas águas de Porto de Galinhas.
Saem derrotadas as polícias de Jarbas e Eduardo, que em sete anos, não conseguiram elucidar o caso de forma convincente, pelo menos para o júri.
Derrotado, também, sai o Ministério Público do Estado, que sai chamuscado com a exposição de suas víceras em praça pública.
Na esteira, o Estado ainda vai levar um processo por danos morais de valor incalculável, pelos anos todos encarcerrados, injustamente, conforme a decisão de primeira instância.
Após o resultado, cresce a expectativa em torno da votação do promotor aposentado e candidato a deputado federal pelo PR Miguel Sales, acusado pela polícia e pelo próprio MPPE de protelar o caso com objetivos eleitoreiros.
As urnas vão responder em outubro.
Sem a menor cerimônia, Sales comemorou o resultado favorável aos kombeiros, enquanto o paí de uma das vítimas, José Vieira, saiu vaiado.
Sinal dos tempos?
Inevitável a comparação com o Brasil que Lula constrói há oito anos nos palanques, onde basta jogar ricos contra pobres para que a cartase aconteça e todos os crimes sejam justificados.
Lamentavel.
Leia a cobertura completa no Jornal do Commercio deste sábado, que fez plantão especial para cobrir todos os detalhes do rumoroso caso.
LEIA TUDO QUE FOI PUBLICADO SOBRE O JULGAMENTO