Caros usuários da GEAP, Acredito que um serviço de seguro saúde decente, além de oferecer condições adequadas aos usuários, deve preocupar-se com a integridade emocional de seus assistidos.
Creio que um plano de saúde, qualquer que seja, deve respeitar de forma igual todos os seus segurados, sem que seja preciso fazer uso de vínculos políticos ou de “jeitinhos” para que se receba simplesmente aquilo que está descrito como direito no contrato estabelecido.
Precisar de um atendimento pela GEAP, no que diz respeito ao Home Care ou ao internamento hospitalar, passou a ser “Morte Certa” – morremos aos poucos, família e paciente, na peregrinação em busca de um hospital que nos acolha com bom atendimento, compromisso profissional e respeito àqueles que por uma contingência da vida é vítima de um plano de saúde tão descompromissado e tão mal visto pelos próprios profissionais de saúde.
No dia 02 de dezembro de 2009, meu pai, Eustáquio Abrantes dos Santos, precisou de um internamento para transfusão de sangue, pois apresentava um quadro anêmico grave.
O encaminhamento foi feito por sua médica clínica/cardiologista.
Chegamos ao hospital Alberto Sabin e ele foi visto pelo médico de plantão Dr.
Rodrigo Liberal, que validou o internamento conforme guia que tenho guardada até hoje comigo.
A internação foi negada pelo hospital por não existir leito disponível para a Geap (!).
Da própria recepção do A.
Sabin, que nos comunicou o absurdo acima citado, tentaram transferir o problema que era para eles meu pai e ligaram para o hospital Boa Viagem, que também tem convênio com a Geap, mas, da mesma forma, não havia vaga para o internamento de um idoso de 88 anos, que por Lei deveria ser acolhido e cuidado com dignidade e respeito, e que já estava havia algumas horas passando por um problema sério de saúde associado ao estresse de ter que ser levado de um canto para outro por pessoas da família aflitas e sem saber bem o que fazer.
Oito meses depois do episódio, a mesma situação se repetiu com o mesmo segurado, que já se aproximava dos 89 anos de vida.
Meu pai começou a perder sangue pela urina no dia 06 de agosto de 2010.
No domingo – dia dos pais – o estado dele se agravou.
Liguei para DISQ GEAP, querendo um suporte de uma ambulância ou mesmo uma orientação de uma pessoa competente para que eu tomasse as devidas providências.
Fui atendida por uma médica chamada Dra.
Luiza, a quem expliquei o caso todo, ou seja: paciente idoso, desidratado, vítima de dois tipos de câncer e que tinha passado a madrugada vomitando; e, principalmente, mencionei o sangramento urinário.
Pasmem: Dra.
Luiza medicou pelo telefone o paciente com 10mg de plasil!
Tentei argumentar sobre a situação, relatei todo o histórico e falei da necessidade de uma ajuda presencial devido ao seu estado grave de saúde e suas implicações, mesmo assim tudo foi em vão e ela continuou mandando que a família lhe desse plasil (medicamento contra enjôos).
Diante da recusa de tão dedicada profissional da saúde, eu lhe disse que nós mesmos (a família) o removeríamos para um hospital por entendermos que era extremamente necessário no momento.
Recebi como resposta: “A senhora faça o que quiser”.
Levamos meu pai para o Hospital Casa Forte.
Lá, apesar da demora para a realização de procedimentos simples como a colocação de um soro e, posteriormente, de uma sonda para aliviar o seu sofrimento, pelos menos conseguimos (finalmente!) um simples leito para que um quase nonagenário pudesse ser atendido deitado e não ficasse esperando sentado, como acontecera várias vezes antes.
No que concerne ao serviço de Geap deixo aqui algumas perguntas que considero pertinentes: à Dra.
Luiza, médica-atendente do DISQ GEAP, o que lhe falta?
Orientação?
Simples humanidade?
Profissionalismo?
Ou apenas mais um funcionário acomodado que passou a ser também uma vítima de uma instituição que bloqueia suas veias?
Se for o caso, é bom que ela saiba que GEAP não autoriza a colocação de uma simples sonda…
Mesmo isso a GEAP nos negou: negou-se a autorizar que o hospital colocasse uma sonda que aliviaria no momento o sofrimento agudo do meu pai.
Eu autorizei a colocação.
Ainda estou devendo, mas pagarei.
Zélia Maria Santos Ferreira PS: Dona Zélia Maria Santos Ferreira perdeu o pai no mês de agosto e denuncia a falta de assistência da GEAP no tratamento aos assistidos