Nesta sexta, no segundo e último dia da 1ª Oficina Nacional de Traumatologia e Ortopedia, que está reunindo os secretários de Saúde dos 27 estados brasileiros, no Rio de Janeiro, a discussão abordou os acidentes de trânsito envolvendo motocicletas.

O assunto é tratado como uma epidemia nacional.

E não é para menos, segundo os números.

Em Pernambuco, em 2009, 397 pessoas morreram em acidentes envolvendo motocicletas.

Essa marca já supera outros tipos de mortes no trânsito.

Também em todo o ano passado, 387 pedestres foram a óbitos por atropelamento.

Já os acidentes envolvendo colisões de automóveis resultaram em 235 óbitos.

Em 2010, a distância entre os dados vem se distanciando ainda mais, destacando as mortes causadas pelos acidentes de moto.

De janeiro a abril, em levantamento preliminar feito pela Secretaria Estadual de Saúde, foram registrados 64 óbitos envolvendo motociclistas, enquanto o número de mortos por atropelamento caiu para 41.

Os acidentes de automóvel vitimaram 38 pessoas.

Entre as principais vítimas desse tipo de acidentes, estão os jovens adultos, com idades entre 20 e 39 anos.

Neste ano, já foram registrados 40 óbitos de pessoas situadas nessa faixa etária.

No ano passado, foram 271 casos.

Em segundo lugar, estão as pessoas com idade entre 40 e 59 anos.

Em 2010, foram registrados 14 óbitos, enquanto apenas 70 foram notificados em 2009. “Durante a oficina, discutimos a otimização da rede de traumato-ortopedia no Brasil.

Entre os pontos, observamos que é preciso agilizar o atendimento às vítimas desse tipo de acidente e reduzir o tempo de espera por cirurgias”, comentou o secretário estadual de Saúde, Frederico Amancio.

Na oficina, o secretário apresentou um panorama sobre a rede estadual de saúde.

Também conheceu o novo edifício do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia, que está em fase de finalização e representará mais 300 leitos para a rede pública de saúde do Estado do Rio de Janeiro.