A Frente Popular ingressou no início da noite desta quinta-feira com uma notícia-crime no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a coligação Pernambuco Pode Mais.
O documento denuncia o suposto crime de calúnia cometido por integrantes da militância jarbista que, durante ato realizado em frente ao Palácio do Campo das Princesas na tarde desta quarta, distribuíram panfleto contendo graves acusações contra o governador Eduardo Campos (PSB). “Eduardo faz campanha com dinheiro público”, diz o título da peça publicitária-eleitoral que traz estampado o CNPJ da coligação Pernambuco Pode Mais.
Para Izael Nóbrega, coordenador jurídico da Frente Popular, o panfleto caracteriza o crime de calúnia, previsto no artigo 324 do Código Penal e passível de pena que vai de seis meses a dois anos de reclusão. “O material tenta acusar o governador de peculato, que é o funcionário público tomar posse indevida de dinheiro ou qualquer bem móvel”, explica Nóbrega.
A notícia-crime protocolada às 18h05 de hoje sob número 44.547/2010 pede a entrada do Ministério Público no caso.
No episódio citado, cerca de 50 simpatizantes da coligação adversária, liderados pelo filho do candidato Jarbas Vasconcelos, o estudante Jarbas Vasconcelos Filho (19), Jarbinhas, se reuniram em frente à sede do Governo do Estado para promover um tumulto que durou cerca de uma hora.
Os manifestantes também entoaram gritos de guerra contendo ofensas pessoais ao governador.
Mais cedo, em visita ao cartório do TRE localizado no Forte das Cinco Pontas, Eduardo reprovou a ação do seu adversário. “Estou indo à Justiça diante de uma agressão noticiada pela imprensa.
Vocês acham que isso é correto, adequado, normal?
Que contribui para a democracia, que é a forma correta da juventude ver a política ser feita?
Isso é bom para Pernambuco, é saudável, um bom exemplo?
Estas perguntas estão postas”, disparou.
O governador-candidato afirmou ainda que continuará fazendo uma campanha propositiva e de alto nível. “No horário eleitoral, nos meus pronunciamentos ou em reuniões, não agredi nenhum adversário, nem ataquei ninguém.
Vou seguir fazendo isso, com tranqüilidade, e toda a vez que tomar conhecimento de um ato ofensivo, que transgrida a lei, vou fazer o que qualquer cidadão civilizado faz: vai às portas da Justiça”, garantiu.