No UOL A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, evitou na manhã desta quarta-feira responder a perguntas sobre a revelação de que dados fiscais da filha de José Serra (PSDB), Verônica Serra, foram acessados na mesma agência da Receita em que outras pessoas ligadas ao PSDB tiveram o sigilo violado.

Após encontro reservado com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Dilma começou a dar uma entrevista na porta da Embaixada, em Brasília, mas pediu, antes de responder às perguntas dos jornalistas, para falar sobre a reunião.

Após dar sua versão sobre o que conversou com Santos, Dilma respondeu a uma pergunta de um jornalista colombiano sobre a relação do PT com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), fala que se ramificou em outras explicações sobre a relação entre Brasil e Colômbia na área da segurança.

Quando se tentou fazer a pergunta sobre o caso da Receita, Dilma interrompeu o repórter para retomar o assunto da segurança.

Ao final, a assessoria de imprensa da candidata encerrou a entrevista abruptamente sob o argumento de que jornalistas colombianos queriam acompanhar outros compromissos de Santos no Brasil.

Apesar da insistência dos repórteres, Dilma se recusou a responder mais perguntas e entrou no carro.

Sobre as Farc, a candidata do PT disse ter posição contrária ao narcotráfico e que o Brasil só integraria um grupo de negociação caso o governo colombiano solicitasse, mas que não discutiu isso com Santos.

E alfinetou Serra. “Essa questão [relação do PT com as Farc] é uma questão muito mais do meu adversário do que do governo colombiano”.

Em relação à segurança, ela citou acordo anterior entre Brasil e Colômbia para patrulhamento da fronteira