O julgamento dos irmãos Valfrido e Marcelo Lira deve se estender até a quinta-feira, 2 de setembro.
Prevista para terminar nessa quarta-feira, 1º, a sessão provavelmente terá o seu encerramento adiado em um dia.
Esse acréscimo ao prazo do júri se deve, principalmente, à duração dos depoimentos.
Algumas testemunhas chegaram a ser ouvidas durante uma hora e meia.
Os réus são acusados de tentar estuprar e, posteriormente, assassinar as adolescentes Tarsila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, no dia 3 de maio de 2003, no Distrito de Camela.
Até o momento, foram ouvidas todas as testemunhas de acusação e defesa, além da perita Leila Gouveia Gomes Câmara, num total de 13 pessoas.
Nessa quarta-feira, a sessão será retomada com a oitiva dos quatro peritos do Instituto de Criminalística (IC) que ainda faltam ser ouvidos.
Em seguida, acusação e defesa devem apresentar algumas provas que fazem parte dos autos do processo.
Isso inclui fotos, vídeos e escutas.
Por último, serão ouvidos os réus.
A expectativa da juíza Andréa Calado, que preside o júri, é de que na quinta-feira comece a fase dos debates.
Nesse momento, acusação e defesa terão duas horas e meia cada para apresentar suas conclusões do caso.
Em seguida, será realizada a réplica (promotores) e a tréplica (defesa), cada uma podendo se estender até duas horas.
Esse tempo é dado porque o processo inclui dois acusados.
Após o debate, os jurados devem se reunir numa sala isolada para votar pela absolvição ou condenação dos réus.
A decisão é tomada por maioria simples e a votação tem caráter sigiloso.
Em caso de veredicto condenatório, a juíza efetuará a mensuração (duração) da pena.