Cinco integrantes da quadrilha conhecida como Thundercats vão a julgamento nesta sexta-feira (3), o primeiro a ser realizado desde que o grupo começou a ser desbaratado, em abril.

O júri diz respeito ao assassinato de Luciana Barros da Silva, morta no dia 23 de março de 2007 em Jardim São Paulo.

O julgamento começa às 9h no 1º Tribunal do Júri da Capital, localizado no Fórum do Recife (complexo Joana Bezerra).

A acusação será feita pelo promotor de Justiça André Rabelo.

Serão julgados os réus Anderson Leonardo Nunes Cunegundes (“Salsicha”), Anderson Oliveira de Mendonça (“Buchecha”), Marconi de Souza Rabelo, José Marcionilo da Silva (“Tiago”) e José Jairo de Moura Cavalcanti.

Os quatro primeiros estão presos, enquanto José Jairo continua foragido da Justiça.

José Marcionilo, conhecido como “Tiago”, é considerado o chefe do bando, baseado no bairro de Jardim São Paulo e acusado de comandar esquemas de venda de drogas e armas, assaltos e assassinatos. “A sociedade pernambucana já espera há muito tempo o julgamento desta quadrilha e este será o primeiro.

Novas provas contra eles vão surgir continuamente”, afirmou Rabelo.

Namorada de um policial, Luciana Barros da Silva era tida pelos Thundercats como uma informante da Polícia.

Foi assassinada com 10 tiros na cabeça, dentro de sua casa, em Jardim São Paulo, na frente dos cinco filhos e dos pais.

No dia 14 de março, ela tinha sido espancada por integrantes do grupo no meio da rua.

Prestou queixa no dia 16 e foi morta uma semana depois.

A mãe de Luciana também foi atingida por um dos disparos, mas sobreviveu.

Por isso, os cinco réus serão julgados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

Os Thundercats foram descobertos pela inteligência da Polícia Civil após um minucioso trabalho de investigação iniciado em janeiro de 2007 e que envolveu interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.

A Operação Ponta do Iceberg descobriu que o grupo é integrado por policiais militares, soldados da Aeronáutica, delegados, agentes de polícia civil e comerciantes.

Cerca de 15 já estão presos.