Em campanha salarial, os petroleiros estão em estado de greve e irão parar por oito horas, na próxima sexta-feira (03), cobrando da Petrobrás avanços no processo de negociação.

Desde a semana passada, os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP/CUT) realizam assembléias para discutir com a categoria um calendário de luta que, além do estado de greve e da paralisação do dia 03, conta ainda com operações de segurança nas unidades operacionais e mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores terceirizados.

As assembléias já foram concluídas na grande maioria das bases da FUP, com ampla aprovação de todos os indicativos da Federação. “A Petrobras insiste em discriminar seus trabalhadores com uma proposta econômica que, além de estar aquém das reivindicações dos petroleiros, privilegia os salários mais altos em detrimento dos que recebem menos.

Além disso, a empresa não avançou em relação às cobranças da categoria sobre condições de trabalho e segurança, principalmente, no que diz respeito aos terceirizados”, reclamam.

A paralisação desta sexta-feira, 03, atingirá todas as unidades operacionais e administrativas das bases sindicais representadas pela FUP: São Paulo (SP), Mauá (SP), Campinas (SP), Norte Fluminense (RJ), Duque de Caxias (RJ), Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Manaus (AM) e Coari (AM).

Os petroleiros reivindicam a reposição da inflação do período (setembro de 2009 a agosto de 2010) pelo ICV/Dieese; ganho real e produtividade (10%); melhorias no programa Jovem Universitário; proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados; fórum nacional para debater com os gestores da Petrobrás mudanças estruturais na área de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança).