*matéria atualizada em 12/06/2021 Confira o discurso do senador Marco Maciel (DEM), feito em 31 de agosto de 2010.
Os trechos grifados foram ressaltados pelo próprio senador, em documento enviado à imprensa.
O discurso foi feito no auge do governo Lula, quando o então presidente atingia recordes de popularidade.
Maciel, adversário político e alvo ataques de PT nas campanhas políticas, não faz menção ao político que exercia a Presidência.
Em vez disso, transformou o discurso em um balanço da sua vida na política, carreira em que assumiu diversos cargos como os de vice-presidente do Brasil. governador de Pernambuco, senador e ministro.
Maciel, que faleceu neste sábado (12/06/2021), fazia ali ums prestação de contas da sua atuação por décadas, de forma discreta e importante, na história do País.
Alguns anos depois ele sairia da vida pública e iniciaria uma longa batalha contra o mal de Alzheimer. “Senhor Presidente Senhoras Senadoras Senhores Senadores O político francês, Louis Buffon, membro do Partido Socialista, disse certa feita que “o estilo é o homem”, numa clara demonstração que a forma de nos portarmos e de encarar a vida identifica o que somos.
O modo de me portar é o dos pernambucanos, com honestidade, seriedade e trabalho.
Meu modo de encarar a vida também é o do povo pernambucano com alegria, esperança e respeito.
Dedico-me integralmente a Pernambuco que é a minha pátria e, portanto, a primeira veneração como homem público.
Até porque no dizer de Voltaire “a pátria é nos lugares onde a alma está acorrentada.” Por mais universal que seja a vocação de cada um, como foi a de Nabuco, é na terra em que nascemos que buscamos força, inspiração e alento.
Devo a Pernambuco e ao povo pernambucano não apenas o que sou, mas tudo quanto, ao longo de minha vida, conquistei no exercício de sucessivos mandatos que me foram concedidos.
A esta generosidade não poderia responder senão com empenho e trabalho.
Podemos divergir e a divergência é prova de vitalidade política e da natureza apaixonada de nossas convicções.
Somos uma parcela do povo brasileiro que nada negou ao Brasil.
Em nosso estado não se forjou apenas o sentimento da nacionalidade.
Ali fincamos as raízes do nosso amor à liberdade.
Regamos com sangue de nossos mártires e heróis as virtudes cívicas de todo o nosso povo.
Tenho orgulho de ser parte desta herança que Pernambuco legou ao Brasil e a ela tenho procurado ser fiel.
Lá aprendi o exemplo da tolerância e o do respeito à divergência.
Entendi o significado da política exercida como um compromisso ético com nossas próprias convicções.
Constatei que a política só pode ser exercida com realismo, sem que isso implique deixar de ser idealista.
Entendo não devermos ser, nem podermos ser e não querermos ser o País da injustiça e da exclusão, o da fartura em que ainda sobrevive a miséria.
A sociedade próspera individualmente e pobre coletivamente.
A política não pode ser o meio da conservação, antes deve ser instrumento de transformação.
A irredenção e o inconformismo pernambucanos trazem a marca da obstinação.
O abolicionismo é, como no apostolado de Nabuco, a luta pela cidadania de todo o povo brasileiro e não apenas para parte dele.
Cidadania que representa não apenas o conjunto de direitos para uns e deveres para outros, mas sobretudo direitos e deveres para todos.
O Estado brasileiro tem, necessariamente, de transformar-se numa estrutura democrática capaz de proteger os fracos; dar condições de sobrevivência com dignidade a todos; corrigir as injustiças; coibir os abusos e punir os excessos.
O exercício da cidadania não pode se cingir ao ritual de eleições periódicas.
Democracia é muito mais do que isto: é o respeito à dignidade e o bem comum de todos.
Tudo isso mostra a necessidade de transformar permanentemente as instituições, de corrigi-las, de ajustá-las às demandas da sociedade.
Tenho orgulho de nossas origens comuns, porque estou consciente de que a prática política de nosso País seria infinitamente mais pobre se Pernambuco não fizesse parte de sua crônica gloriosa.
A grandeza de nossa entrega ao Brasil e ao interesse nacional é o traço mais marcante da atuação dos que nos precederam e seguramente continuará a ser dos que nos vão suceder. É por esta razão que em todos os grandes e difíceis momentos de nossa história soubemos colocar o interesse de nosso estado acima das divergências partidárias, das discrepâncias doutrinárias e das circunstâncias ocasionais, por mais fortes que sejam.
Não pratico a política como um mero exercício ou simples desfrute do poder, que é a forma mais mesquinha de exercê-la.
Entendo-a e a pratico como a possibilidade de transformar a sociedade.
A política deve ser instrumento de justiça, de igualdade e de geração do bem-estar coletivo.
Aprecio a firmeza das convicções.
E como acredito no poder das ideias, sempre defendi o princípio de que as convicções não são empecilho para o entendimento e a conciliação.
Na ausência destas condições a prática da política se transforma no exercício estéril do confronto, da denúncia e do impasse.
Se ao cabo de todos esses anos tivesse que tirar de minha própria vida como homem público alguma conclusão que pudesse ser útil aos que nela se iniciam daria apenas um conselho: devemos buscar sempre, entre o que nos separa, aquilo que pode nos unir, porque, se queremos viver juntos na divergência, que é princípio vital da democracia, estamos condenados a nos entender.
Os brasileiros mostram que sabem se entender.
O maior exemplo de mobilização e força do povo ocorreu em 1994, quando conseguiu superar o mais difícil de todos os desafios: vencer a espiral inflacionária e os riscos da hiperinflação.
Agora o desafio é outro: é do crescimento.
Para dar sustentação às medidas é indispensável redesenhar, reconstruir o Estado concebê-lo para enfrentar os desafios da competição internacional e permitir a mudança estrutural, que todos sempre reclamamos, do modelo de desenvolvimento.
O Congresso Nacional desempenha a tarefa de ser o grande fórum de debates desses novos desafios.
Também cumpre o seu papel quando discute, modifica e aprova as medidas que, no entendimento da maioria, atende aos interesses do progresso social.
Esta é a melhor prova de vitalidade do sistema político brasileiro.
O Brasil não se modernizará apenas com reformas econômicas, nem progredirá somente com mudanças sociais.
No cenário atual o processo de transformação do País passa, sobretudo, pela reforma politica.
As modernas definições de democracia preocupam-se exatamente com a operacionalização dos mecanismos decisórios da política.
A democracia, sabemos, é o regime político que deve se caracterizar pela contínua capacidade de dar resposta às preferências de seus cidadãos, considerados politicamente iguais.
São esses os requisitos que ainda nos faltam, porque poucas vezes houve no Brasil compatibilidade entre discurso e ação política.
Quando nos referimos ao aprimoramento do sistema político, expressamos o desejo de que se procedam às reformas indispensáveis no nosso sistema de governo e nos subsistemas eleitoral e partidário.
Com o Senador Petronio Portela participei das ações que culminaram com a edição da Emenda Constitucional nº 11, de 1978, que permitiu o início do processo de retorno do País ao estado Democrático de Direito, que, entre outras medidas revogou os Atos Institucionais e Complementares, inclusive o famigerado AI-5.
Com Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e Aureliano Chaves, dediquei-me ao processo de redemocratização.
Juntos elaboramos o Compromisso com a Nação, documento que instituiu a Aliança Democrática, pacto político que permitiu a transição pacífica para a plena democracia com a eleição de Tancredo Neves, e a posterior convocação da Assembléia Nacional Constituinte, com o restabelecimento das liberdades e do Estado Democrático de Direito.
Esse pacto é considerado por muitos como o mais importante da vida republicana brasileira, pois lançamos as bases da democracia de forma sólida e irreversível, sem apelos autoritários ou arroubos de personalismo.
Se formos capazes de renunciar ao imobilismo, seremos também capazes de ampliar os horizontes brasileiros.
Sempre se disse que a política é a arte do possível e desejável, pois a política é a arte de materializar o que é aparentemente impossível.
Venho de uma longa caminhada em favor de Pernambuco: Secretário, Deputado Estadual, duas vezes Deputado Federal, Governador, três vezes Senador e Vice-Presidente da República.
Em 1972, fui eleito Governador de Pernambuco, tendo ao meu lado ilustres pernambucanos: Roberto Magalhães, como Vice- Governador e Gustavo Krause, Prefeito do Recife.
Sob o lema Desenvolvimento com Participação, conseguimos realizar obras em todos os municípios de Pernambuco.
No plano social, os números atestam a prioridade para a expansão da rede pública de 1º e 2º graus e a melhoria da qualidade de ensino: 411 escolas construídas e/ou ampliadas (1.046 salas de aula), possibilitando a ampliação de 167 mil vagas nas escolas, a concessão de 69.792 bolsas escolares, que beneficiou, inclusive 2.649 deficientes físicos, além da criação de 150 laboratórios de apoio didático, com audiovisuais.
As ações voltadas para interiorização da saúde resultaram na construção/reforma de 37 hospitais e unidades mistas, de 186 postos de saúde na zona rural e a fixação de um médico em todas as sedes municipais.
Implantei como ação inédita no país pensão para os portadores de hanseníase.
Implantamos programa habitacional construindo 100 mil casas populares, além de urbanizar favelas, beneficiando 256 mil pessoas e legalizar a posse da terra de 70 mil pessoas da Região Metropolitana do Recife.
Estendemos os serviços de abastecimento d’água para 70 cidades, distritos e vilas de todo o Estado.
Dei início efetivo à implantação do Complexo Industrial Portuário de Suape, inclusive com a criação de uma Secretaria Especial para tratar deste assunto, que teve como Secretário Luiz Siqueira.
Realizamos a construção da linha férrea ligando-o à Estação Central do Recife, a estação rodoferroviária, o molhe sul, o píer dos petroleiros, o parque de tancagem, as barragens Bita e Utinga, a estação de tratamento d’água e o sistema de telecomunicações.
Antes de deixar o Governo, já havia atracado um navio petroleiro, da Petrobras, e uma corveta da Marinha, chamada Imperial Marinheiro.
Outra iniciativa precursora do meu governo foi modelar o sistema de transporte público integrado de passageiros da região metropolitana do Recife, com a viabilização financeira e inicio da construção do Metrô do Recife.
Propus ao Governo Federal, em 1981, a criação do programa que foi mais tarde implementado com o nome de “vale transporte”.
Implantei o Sistema Estadual de Proteção ao Consumidor - PROCON, um serviço pioneiro no Brasil.
Deixei o governo com de 2.316 quilômetros de rodovias pavimentadas e 1.178 quilômetros em fase de construção.
Elaboramos o primeiro mapa geológico detalhado do Estado e o levantamento geoquímico para identificação de jazidas de cromo, níquel, cobalto, chumbo, zinco, cobre e ouro.
Na agricultura, investimos na diversificação das culturas agrícolas.
Valorizamos os projetos de irrigação no vale do São Francisco transformando-o em nova fronteira agrícola e com a consequente melhoria da qualidade de vida de seu povo.
Executamos o Projeto Asa Branca e o Projeto Viver.
O primeiro perenizou 400 quilômetros de rios do Sertão e Agreste pernambucanos, através da construção de 50 barragens regularizadoras e sucessivas; o segundo melhorou as condições de vida das populações da região canavieira, com obras de infra- estrutura, sistemas de abastecimento d’água, programas de suplementação alimentar e de educação comunitária.
Os projetos destinados a incrementar a atividade turística em Pernambuco receberam especial atenção, como, por exemplo, a finalização de 70% das obras do Centro de Convenções; a ampliação da pista de pouso e da estação de passageiros do aeroporto Guararapes- Gilberto Freyre e o fortalecimento e divulgação de pólos turísticos no interior do Estado, como o Drama da Paixão e o Parque Monumental, ambas em Nova Jerusalém.
Ao concluir meu período como Governador de Pernambuco, fui candidato ao Senado Federal, tendo sido eleito com a maior votação já obtida por um candidato, até então.
Desde o primeiro mandato, minha atuação no Senado tem como foco mais diversos assuntos, de competência da Casa da Federação.
Desde o vertebramento das intuições democráticas, passando por projetos que dispõem sobre a prática de atos resultantes de preconceitos de raça ou cor e pelo fortalecimento das ações regionais.
Senhor Presidente, Senhoras Senadoras e Senhores Senadores Como são misteriosos os caminhos do Senhor, com a enfermidade de Tancredo Neves, assumi por sua convocação o Ministério da Educação, logo após a posse de José Sarney como Presidente da República.
Tratamos de cuidar da educação dos brasileiros com prioridade, pensando nas gerações que nos sucederiam.
Instituimos o “Dia D da Educação”; regulamentamos a “Emenda Calmon”, instrumento que ampliou recursos orçamentários à Educação; extinguimos o Mobral e implantamos o programa Educação para Todos; desenvolvemos o programa de Novas Escolas Técnicas.
Sob o título de Nova Universidade, estabelecemos o plano de modernização das instituições federais de ensino superior.
Promovemos, o restabelecimento da União Nacional dos Estudantes - UNE e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES, entidades então na clandestinidade.
Em 1986, como Ministro-Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República exerci o controle das ações do Governo, coordenando a implementação dos compromissos assumidos pela Aliança Democrática.
Fui Líder de meu partido e do governo no Senado Federal, e como presidente de meu partido implementamos sua estrutura regional em todo o país.
Reeleito Senador, em 1991, tive a oportunidade de apresentar projetos destinados a assegurar recursos para Fundo de Apoio do Desenvolvimento Social ; estágios para estudantes do ensino médio e superior; participação dos trabalhadores na gestão das empresas; liberação do salário-educação; e benefícios fiscais concedidos à pesquisa científica e tecnológica.
Em 1994 atendendo recomendação de meu partido candidatei- me para o cargo de Vice-Presidente da República, na chapa do Presidente Fernando Henrique Cardoso e posteriormente fui candidato a reeleição na mesma chapa, tendo vencido ambas em primeiro turno.
Nos oito anos que exerci tão dignificante função ocupei a Presidência da Republica por 85 vezes, num total de 339 dias, sancionando 117 leis, baixando 1.573 decretos, e assinando 994 mensagens ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.
Por Pernambuco, na dedicação constante e permanente, tive a oportunidade de viabilizar recursos para as seguintes obras estruturantes: Gasoduto Pilar-Cabo – Construído pela Petrobras e inaugurado em 2001.
Linha de Transmissão Messias-Recife II – que possibilitou o aumento da oferta de energia para os setores residencial, agropecuário, industrial e de serviços em mais um milhão de quilowatts.
Apoio ao Pólo Gesseiro do Araripe Erradicação Trabalho Infantil – Lançado em 1996 pagou mensalmente bolsas para que as famílias com crianças na faixa etária dos sete aos quatorze anos retirassem seus filhos do trabalho penoso nos canaviais, casas de farinha, hortifruticultura e lixões, garantindo-lhes acesso à escola, o que podemos chamar como iniciadora da Bolsa Família.
Centro Regional e Ciências Nucleares (CRCN) - Primeiro Centro de desenvolvimento tecnológico na área de ciência nuclear localizado fora da região Sudeste.
Termopernambuco – Construída e administrada pela iniciativa privada, é uma usina termoelétrica com capacidade para geração de 523 megawatts.
Petróleo – Iniciamos os estudos para exploração da bacia Pernambuco-Paraíba é um bloco com 3.554 quilômetros quadrados.
Porto de Suape – Foram executadas obras de derrocamento, abertura do canal interior, construção de terminais internos e infra-estrutura que transformaram Suape em um dos portos mais importantes do Brasil.
Porto do Recife – Destinação de recursos para dragagem do canal de acesso e da bacia de evolução e melhoramento das instalações portuárias e de atracação de transatlânticos, itens considerados fundamentais para a melhoria do fluxo turístico.
Universidade Federal do Vale do São Francisco – Criada pela Lei 10.473, de 27 de junho de 2002, a UNIVASF se constitui na primeira instituição federal de ensino superior do Semi-Árido Nordestino.
Expansão do Metrô do Recife - Iniciadas em março de 1998, as obras de expansão praticamente dobraram a malha do metrô, transformando-o no segundo maior do País e ampliando sua capacidade de transporte dos atuais 175 mil passageiros/dia para 400 mil passageiros/dia.
BR-408 – Pavimentação do trecho Curado/Bicopeba, complementando a ligação entre Recife e Campina Grande (PB), com 17,6 quilômetros de extensão BR-101 Sul – Duplicação do trecho Prazeres-Cabo, com extensão de 22,44 quilômetros e acesso para Suape.
BR-232 – As obras de restauração e duplicação da BR-232, permitindo segurança, conforto e rapidez à população.
BR-363 – Construção da BR-363, popularmente conhecida como Transnoronha.
Reorganização do Sistema de Saúde – Aprovação e liberação de recursos para construção e reforma de 14 Centros de Parto Normal no Estado; ampliação do volume de recursos destinados pelo Governo Federal para cobertura de gastos com o Sistema Único de Saúde (SUS); implantação do programa Agentes Comunitários de Saúde, beneficiando 185 municípios e que, até 2002 já havia atendido 1,1 milhão de famílias no Estado; e dos programas Saúde da Família, que permitiram o acompanhamento de 95 mil famílias, além da Farmácia Básica em 105 municípios.
Hospital Oswaldo Cruz – Quatro novos laboratórios nas áreas de patologia, citogenética, imonofenotipagem e biologia molecular.
Núcleo de Apoio à Criança com Câncer – Destinação de recursos para construir a sede própria e ampliar a capacidade de atendimento de 45 para 105 crianças.
Hospital das Clínicas – Ampliação do centro cirúrgico, que teve sua capacidade ampliada para 11 mil cirurgias/ano.
IMIP – Ampliação da capacidade de atendimento e implantação de novos serviços do Instituto Materno-Infantil de Pernambuco, reforma e ampliação da área de imunologia e instalação da nova sede do Grupo Viva Rachid.
PROCAPE – Apoio à construção do Pronto Socorro-Cardíaco de Pernambuco.
Modernização do LAFEPE – Reestruturação e ampliação do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco quintuplicando a produção de medicamentos.
Hemopólo - Construção, em Pernambuco, da primeira Unidade de Industrial de Processamento de Plasma (UPIP) da América Latina.
Aeroporto de Petrolina – Ampliação da pista para, aumento do pátio de operações, construção de terminal frigorífico, operacionalização do terminal de cargas e transformação em aeroporto internacional com a instalação de alfândega.
Obra concluída em novembro de 1999.
Aeroporto dos Guararapes – Execução de quase a totalidade do projeto de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional dos Guararapes, com as obras de prolongamento da pista de pouso para receber aeronaves de grande porte, aumento do pátio de estacionamento, construção do terminal de cargas e de um novo terminal de passageiros com implantação de modernos equipamentos, inclusive fingers.
Aeroportos do interior - Apoio, com recursos do Ministério da Aeronáutica, à ampliação e melhoria dos aeroportos de Araripina, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Salgueiro, Serra Talhada e Fernando de Noronha.
Cisternas rurais – Foram construídos 30 mil reservatórios e, a partir de agosto de 2000. Águas de Pernambuco –Pernambuco foi o primeiro Estado a aplicar os resultados da venda de participação societária na empresa de saneamento diretamente em obras do próprio setor.
Barragem de Jucazinho – Construção de reservatório com 327 milhões de metros cúbicos para abastecer 13 municípios do Agreste proporcionando irrigação de 6.750 hectares.
Adutora do Jucazinho – Obra favoreceu a população de Surubim, Salgadinho, Casinhas, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Caruaru, Cumaru, Passira e Riacho das Almas, Riacho das Almas, Bezerros e.
Adutora do Oeste – A Adutora do Oeste com uma extensão de 721 quilômetros de tubos, levando água a 43 localidades e beneficiando uma população de 300 mil pessoas.
Canal do Sertão – Levantamentos e estudos hidro-agrícolas identificaram uma área irrigável de 138 mil hectares, com aproximadamente 495 quilômetros, beneficiando 20 municípios.
Agentes Jovens do Desenvolvimento – Treinamento para 8 mil jovens na faixa etária dos 15 aos 17 anos, em 65 municípios Habitação – De 1995 a 2001, a Caixa Econômica Federal alocou recursos para financiamentos habitacionais em Pernambuco, que se constituíram em importante fonte para projetos inovadores de habitação popular como Morada Nova e Pró-Casa.
Agronegócio - Assinatura de acordo com o governo japonês para implantação do Projeto Caatinga com o desenvolvimento sustentável da pecuária (bovinos, ovinos e caprinos) nas áreas localizadas na Caatinga da Bacia do Vale do São Francisco.
Projetos de Irrigação no Vale do São Francisco – Modernização e implantação do projetos em superfície agrícola útil de 7.884 hectares.
Zoneamento ecológico – Atualização e sistematização de informações sobre o bioma da Caatinga que indique potenciais e vulnerabilidades da região e oriente a realização de investimentos e obras de infraestrutura.
Comércio exterior – Instalação, no Recife, de Escritório Regional do Itamaraty com o objetivo de incentivar a participação de empresas em feiras e missões empresariais no exterior e promover oportunidades de negócios.
Assim, no período que ocupei a Vice-Presidência da República, entre 1995 e 2002, compulsando dados do SIAFI, na parte referente ao orçamento fiscal e de seguridade, foram liberados para o estado de Pernambuco três bilhões, oitocentos e vinte quatro milhões de reais, em valores atualizados.
A titulo de ilustração no atual governo foram liberados somente 15,34%, num montante de um bilhão, cento e setenta milhões de reais, corrigido pelos mesmos indicadores.
Lembro, para finalizar, o Presidente Tancredo Neves, que disse certa feita: o orgulhoso e o ressentido podem fazer de tudo na vida, menos política.
Tenho consciência de que o futuro de Pernambuco não é obra de um homem só e nem começou agora – o futuro de Pernambuco vem de longe e eu, modéstia a parte e graças a Deus, cumpro com o meu dever em todos os cargos que exerci, participando ativamente da construção desse futuro.
Muito Obrigado.