Oposição em 2011 Por Fernando Rodrigues, no UOL BRASÍLIA - Enquanto as pesquisas mostram o favoritismo de Dilma Rousseff (PT) na eleição presidencial, há dúvidas sobre como será a configuração da oposição a partir de 2011.

Não está ainda claro o tamanho da derrota de José Serra (PSDB), se vier mesmo a ser confirmada nas urnas.

Uma coisa é perder no segundo turno, dando trabalho ao concorrente direto.

Outra, bem diferente, é levar uma sova acachapante e humilhante já no primeiro turno.

Se Serra de fato perder no primeiro turno, terá dificuldades para continuar a comandar o PSDB.

Nessa configuração, o partido tem opções incertas sobre quem será seu líder nacional -e comandante da oposição.

A rigor, os tucanos parecem cada vez mais confinados apenas a uma parte do Sul, do Sudeste e ao Estado de Goiás.

Por ora, há mais certeza de vitória do PSDB nas eleições estaduais em São Paulo (com Geraldo Alckmin) e Paraná (com Beto Richa).

Em Minas Gerais e em Goiás, a disputa continua intensa e incerta.

Do ponto de vista do peso político nacional, São Paulo e Minas Gerais -os dois maiores eleitorados do país- são preponderantes.

Assim, a liderança do PSDB estará entre o paulista Geraldo Alckmin e o mineiro Aécio Neves. É difícil imaginar as seções tucanas do Paraná ou de Goiás influindo de maneira decisiva nos rumos da oposição ao eventual futuro governo Dilma.

Nas últimas semanas, o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia, reagiu.

Está virando uma “Dilma do Aécio” entre os mineiros.

Já Aécio está prestes a se eleger como um campeão de votos para o Senado.

Com essas tendências se materializando em 3 de outubro, Dilma terá o melhor dos mundos.

Uma oposição debilitada e fracionada por dois estilos de comando.

Não há nada tão diferente no PSDB como as formas de atuar de Aécio e Alckmin.

O PT e Lula nunca sonharam com cenário tão edulcorado.