No JC de hoje A coligação governista Frente Popular pediu ontem, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), direito de resposta no guia eleitoral do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) por causa da mais nova polêmica entre o peemedebista e o governador Eduardo Campos (PSB): o cidadão conhecido como Luiz da Galinha.

O relator da ação é o desembargador auxiliar Cândido Saraiva, que deve se posicionar hoje.

Luiz da Galinha surgiu na televisão pela primeira vez no guia eleitoral de Eduardo Campos, como beneficiário direto do programa estadual Pacto Pela Vida, de combate a criminalidade.

No testemunho, ele é apresentado como morador do Bairro de Santo Amaro, área central do Recife, e afirma que a violência na localidade diminuiu.

Na última quarta-feira, porém, o programa de Jarbas repetiu o depoimento do comerciante e, em seguida, mostrou uma casa abandonada e denunciou que Luiz da Galinha sequer mora em Santo Amaro.

Tudo com o intuito de transmitir a ideia de que o guia governista mentiu e de que o bairro continua inseguro.

Para embasar o pedido de direito de resposta, os advogados da Frente Popular acusaram suposta montagem.

Alegaram que não há condições de precisar, no guia jarbista, que a casa é mesmo a do comerciante.

A defesa contestou também trecho do programa eleitoral que sugere que o governo “comemora” o saldo de 4 mil pessoas mortas em Pernambuco.

Na ação, o advogado Bruno Brennand enfatiza que o artigo 242 do Código Eleitoral proíbe o emprego de “meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”. “O que nós sabemos é que a sociedade pernambucana não tem saudades da segurança pública dos tempos de Jarbas.

Em 2006 (último ano da gestão Jarbas/Mendonça Filho) houve 72 homicídios em Santo Amaro.

Este ano houve seis”, contra-atacou ontem Eduardo, logo após caminhada em Brasília Teimosa.

O governador-candidato não quis comentar o caso de Luiz da Galinha e disse apenas que “a Justiça mostrará a verdade”. “Este é um assunto para os meus advogados.

Não é a primeira vez que vamos à Justiça contra Jarbas”, disse.