Daniel Guedes, direto de Caruaru Alguns dos discursos feitos nesta sexta-feira (27), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, trouxeram um tom eleitoral para a inauguração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE).

O nome da candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT), no entanto, não foi pronunciado uma única vez.

A ex-ministra chega ao Recife logo mais, à noite, para um comício no Marco Zero, Centro da capital pernambucana.

O primeiro a falar em continuidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) foi o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT). “Este povo vai seguir o caminho e a estrada que o senhor reservou para o Brasil.

Este povo quer seguir seus passos.

Quando a gente quer bem um amigo, não dá adeus.

Presidente Lula, um até breve de Caruaru”.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou o desempenho do presidente e também falou do futuro. “Quem será capaz de levar a frente a agenda do presidente Lula no próximo governo?

Ele quer que quem venha depois faça mais do que um torneiro mecânico fez como presidente da República”, afirmou, retomando o que falou o próprio Luiz Inácio, mais cedo, na inauguração do campus Caruaru da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O presidente, assim como fez nos seus últimos discursos em Pernambuco, voltou a falar dos benefícios da educação, salientando a importância dela para as mulheres. “Para a mulher é mais sagrado.

Nenhuma mulher tem direito a se submeter a um homem porque depende do prato de comida que ele leva para casa.

A mulher, quando trabalha e tem seu salário, é mais dona da situação”, afirmou.

Próximo ao fim da cerimônia, uma fala do presidente fez que a plateia começasse a gritar o nome de Dilma. “Eu, que não tenho um diploma universitário, vou entrar para a história até 2010, porque acho que vai ter mais depois… (público grita Dilma, Dilma) Não.

Vai ter mais gente trabalhando.

Vai ter mais gente que vai fazer mais”, consertou.

Ao terminar de falar, Lula chamou para trás do palco um pequeno grupo do Ministério do Trabalho que protestava e uma senhora que carregava uma placa pedindo para tirar uma foto com o presidente.