Reclamando de que não houve nenhum avanço significativo nas negociações com o Ministério da Saúde e da Educação, os residentes do Estado decidiram nesta terça-feira, em assembleia geral, realizada no auditório do Procape, manter a paralisação de 100% das atividades por tempo indeterminado.
Além disso, aprovaram a realização de ato público com concentração dos médicos, nesta quarta, em frente ao HEMOPE, promovendo a campanha de doação de sangue.
Cerca de 300 médicos garantiram estar presentes na mobilização.
Na ocasião, estavam presente o diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, e o diretor da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Antônio Jordão.
A ideia de realizar um ato público de grande visibilidade surgiu com o intuito de agregar à população a discussão e de esclarecer as razões do movimento. “Pernambuco se tornou um exemplo.
Tomamos a iniciativa em paralisar por total as atividades, isso incentivou outros estados a adotarem a paralisação de 100%, temos coragem de lutar pelo que definimos o correto e o melhor para a população”, argumentou o presidente da Associação Pernambucana de Médicos Residentes (APMR), Vander Souza.
Ainda na quarta-feira(25), representantes da APMR viajarão até Brasília, onde participarão da reunião com a Comissão Nacional de Greve e defenderão as reivindicações dos residentes pernambucanos.
Na próxima sexta-feira (27), haverá nova assembleia, no auditório do Procape, às 10h.
A entidade diz que a paralisação comprometeu os serviços de saúde pública prestados no Estado. “Não há em Pernambuco um hospital que o programa de residência médica esteja funcionando”, garantiu Vander Souza.