Acusação do Caso Serrambi promete nova prova.

Advogado José Siqueira Jr. diz que informação vai colocar em xeque atuação do promotor Miguel Sales Por Carlos Eduardo Santos, no Jornal do Commercio Uma nova prova que será apresentada apenas no julgamento dos irmãos Marcelo José da Silva e Valfrido Lira da Silva promete colocar em xeque a atuação do promotor Miguel Sales, que esteve à frente do caso durante cinco anos.

A acusação está tratando o material como “bombástico” e só irá anexá-lo aos autos no fim da semana, poucos dias antes do júri popular que vai decidir se os réus são inocentes ou culpados do assassinato e da tentativa de estupro das estudantes Tarsila Gusmão e Maria Eduarda Dourado.

A informação dessa nova prova foi confirmada ontem pelo advogado José Siqueira Júnior, que defende o pai de Maria Eduarda, o empresário Antônio Dourado, e participa do julgamento como assistente de acusação.

Siqueira, no entanto, não disse o teor da prova. “É uma prova bombástica.

Imagine se o promotor encarregado da investigação estivesse favorecendo os investigados?

A prova que a gente tem é nesse nível.

Eu não posso dar detalhes porque o caso está correndo em segredo de justiça”, destacou.

O advogado só garantiu que não se trata do depoimento de nenhuma das testemunhas. “É uma prova material, não é disse me disse.

Uma prova palpável, consistente, sólida”, detalhou.

Para ele, o material apresentado mostrará a invalidade do trabalho de Miguel Sales, que devolveu o inquérito várias vezes alegando falta de provas contra os kombeiros. “Com esse fato levado a público, o promotor Miguel Sales poderá responder a um processo criminal por favorecer ilicitamente investigados”, ressaltou.

Afastado do caso desde janeiro de 2008, quando o Ministério Público de Pernambuco designou dois novos promotores que terminaram denunciando os kombeiros, Miguel Sales disse desconhecer a acusação. “Não sei do que se trata.

Já disseram que eu conversava com os kombeiros.

Mas onde está escrito que é proibido um promotor, um juiz ou um advogado conversar com os acusados?”, questionou Sales.

O julgamento de Marcelo e Valfrido está marcado para começar na próxima segunda-feira e a previsão é que acabe na quarta.

A prova da acusação deve ser apresentada no primeiro dia.

Tarsila e Eduarda foram assassinadas em maio de 2003.

Os corpos delas foram encontrados em um canavial em Camela, distrito de Ipojuca.

Cinco delegados passaram pelo caso e todos apontaram os irmãos kombeiros como os responsáveis pelo crime.

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