Por Daniel Guedes, do Blog de Jamildo Está para ser criada uma empresa para ouvir as demandas dos Estados contemplados com a transposição do Rio São Francisco e administrar a distribuição da água proveniente dela.

O governo federal está finalizando a minuta do projeto de lei que vai criar a Águas Integradas do Nordeste S.A. (Agnes).

Na próxima quinta-feira (26), o conselho gestor do projeto irá se reunir para apreciar a minuta e acertar os últimos detalhes.

Após o encontro, o projeto será encaminhado à Casa Civil, seguindo para o Congresso Nacional. “Não adianta ter um avião de alta tecnologia sem um bom operador”, compara o coordenador do conselho gestor do projeto São Francisco, José Luiz de Souza.

O Congresso precisa aprovar a criação da empresa antes do início da operação do Eixo Leste, previsto para meados do próximo ano. “Estamos correndo para que a operadora esteja pronta o mais rápido possível”, garantiu Souza. » LEIA MAIS: Transposição vira realidade em 2012, garante Ministério » LEIA MAIS: Barragem do Exército está atrasada O conselho é formado por oito conselheiros.

São representantes dos Estados beneficiados com a transposição (Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte), dos Ministérios da Integração, do Meio Ambiente e de Minas e Energia, além da Casa Civil.

ATRAPALHOS - O Governo Federal tentou começar as obras da transposição do São Francisco em 2005.

Algumas intercorrências, no entanto, atrasaram os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2005, ocorreu o protesto do bispo da cidade de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, que passou 11 dias em greve de fome pedindo a suspensão das obras.

Em seguida, os índios trucás acamparam no local onde seriam iniciados os trabalhos do Eixo Norte.

Só saíram devido a determinação da Justiça.

No mesmo ano, apareceram 19 liminares da Justiça Federal determinando a suspensão das obras.

O governo só conseguiu acabar de derrubá-las em 2007, quando finalmente as obras começaram.