O deputado federal Maurício Rands reclama que as críticas da esquerda tradicional às políticas econômicas de Lula voltam-se contra políticas públicas capazes de viabilizar a redução das despesas financeiras do Estado e, portanto, recuperam sua capacidade de realizar suas funções típicas. “São políticas públicas que mantém sobre controle a inflação e diminuir a vulnerabilidade externa, capazes de articular recursos públicos e privados para o investimento em infraestrutura essencial para a suoeração dos gargalos do crescimento econômico” Quando Malan defendia o mesmo discurso, no governo FHC, era chamado de neo-liberal.
Em outro ajuste de contas com o fogo amigo, Rands defende que apenas discurso não leva a lugar algum.
As frases são bem elaboradas, com estocadas classudas, intelectuais. “O fervor do compromisso com a realização dos ideiais de justiça social pode, ainda que inconscientemente, distanciar-se do senso de realidade e justificar posiçõe cujas consequências são negativas para a realização dos próprios ideiais colimados.
Para alguns críticos, o presidente deveria, entre outras medidas, abdicar do superávit primário para disponibiizar mais recursos para os investimentos em infra-estrutura e políticas sociais que deveriam amenizar o sofrimento do povo.
Deveria também em um atp de vontade política reduzir os juros e mudar o financiamento da dívida pública”, observa, antes de arrematar. “A mesma devoção a uma causa, ausente o senso de consequência razoavelmente aferido e balanceado com os elementos da realidade, fatalmente leva a ação política a um mero exercício intelectual frívolo, próprio do mero diletantismo político” No texto, ele cita a esquerda nas vertentes comunista, trotskista, anarqista, por manter-se dentro de um esquema que concebia a ruptura revolucionária e insurrecional como necessidade histórica para superar o modo capitalista de produção e pacificar a sociedade dos opressores. “A desigualdade crescente é que ameaça deslegitimizar o Estado”. “Alguns isolam-se, alimentando-se de um denuncismo fundamentalista, que enxerga traidores em todos os demais setores da esquerda que insistem em adaptar os antigos paradigmas e tornam exequíveis os objetivos de justiça social que integram qualquer programa de esquerda”, afirma em outro trecho.
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