Nesta terça-feira (10/08), a Agência Condepe/Fidem divulgou, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os resultados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação em Pernambuco, referente ao mês de julho de 2010.

Os números revelam que o Índice de Confiança da Indústria de Transformação de Pernambuco (ICI-PE) reduziu 1,3% entre junho e julho de 2010, ao passar de 118,8 para 117,3 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

No mesmo período e base de comparação, o ICI da Indústria de Transformação Nacional diminuiu 1,4%, atingindo 109,9 pontos.

O coordenador técnico da sondagem da indústria de transformação do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, Jorge Braga, destaca o nível, ainda equilibrado, da atividade industrial no estado. “Pernambuco continua em patamar nacional elevado, apesar da segunda queda consecutiva.

O nível foi superior a julho de 2008 (110,1 pontos), período anterior à crise financeira internacional.

Os negócios tiveram a melhor e maior taxa da série, permanecendo aquecidos”.

Entre junho e julho, nos principais segmentos industriais de Pernambuco, houve diminuição da confiança somente em produtos de minerais não metálicos (-7,1%), permitindo que o ICI do segmento se mantivesse em grau elevado.

Na comparação com abril (evolução trimestral), o mesmo gênero industrial registrou o maior crescimento (9,0%).

O Índice da Situação Atual (ISA) elevou-se 1,5%, avançando de 129,3 para 131,2 pontos, o maior desde dezembro de 2009 (131,6 pontos). “O resultado também é muito favorável, se avaliado em termos de média móvel trimestral, pois a média do período maio-julho deste ano é a mais elevada da série (129,8 pontos)”, explica o diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães.

O quesito que mais contribuiu para a elevação do ISA foi o grau de satisfação das empresas com o ambiente atual dos negócios, que subiu de 131,7 para 139,8 pontos entre junho e julho, sendo o maior índice da série.

O crescimento foi intenso nas indústrias de produtos alimentares (variação de 16,9%) e química (4,1%).

O nível de Índice de Expectativas (IE) teve um recuo de 4,2%, passando de 109,2 para 104,6 pontos.

Apesar do decréscimo, a média móvel deste último trimestre mostrou-se ainda elevada em termos históricos (109,9 pontos).

Em relação à contratação de mão de obra, das 228 empresas consultadas, 24,8% pretendem ampliar o efetivo ou mantê-lo como está no trimestre julho-setembro, enquanto 18,1 % intencionam diminuí-lo.

O indicador de Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) aumentou de 80,2 % para 81,2%, o terceiro maior da série, 4,2 pontos percentuais acima da média verificada desde abril de 2005 (77,0%).

Houve ampliação em todas as categorias de uso.

No ano de 2010, só o NUCI de bens intermediários registrou decréscimo, enquanto o do mês de julho está acima da média registrada desde abril de 2005 em todas as categorias.