Por Daniel Guedes, do Blog de Jamildo Os dois artefatos militares encontrados na manhã deste sábado (7), na Rua Gomes Pacheco, no Espinheiro, Zona Norte do Recife, foram levados ao Instituto de Criminalística (IC) para que seja feita uma perícia.
Só assim será possível confirmar se as peças são realmente granadas (de mão e de bocal) e se havia explosivo nelas.
O inquérito policial fica a cargo da Polícia Civil.
A Delegacia do Espinheiro deve assumir o caso e investigar quem as colocou lá e como conseguiu ter acesso a elas.
Os artefatos foram encontrados por garis por volta das 10h40, em frente a um terreno da construtora Gabriel Bacelar.
Eles chegaram a manusear as peças. “Os garis vieram me mostrar e eu disse para eles ligaram para a polícia.
Eles deixaram o material naquela árvore (em frente à Escola Estadual Paula Francinete, na calçada oposta ao terreno da construtora).
Dez minutos depois, chegou a polícia que identificou os artefatos e chamou os Bombeiros, que acionaram a Cioe (Companhia Independente de Operações Especiais)”, contou Osnei de oliveira, porteiro do edifício Juan Miró, em frente do local onde as supostas granadas foram encontradas.
O local foi rapidamente isolado e o trânsito interrompido até o final da tarde por carros da Polícia, dos Bombeiros e da Companhia de Trânsito (CTTU).
Moradores que perceberam a movimentação desceram de seus apartamentos para observar o mais de perto possível a movimentação da polícia.
No iníco da tarde, dois explosivistas do Esquadrão Anti-bombas da Cioe uniram os artefatos com uma corda e, como se fosse uma tirolesa, conduziram os explosivos à calçada onde estavam inicialmente e os colocaram no interior de uma pilha de três pneus.
A primeira detonação aconteceu às 14h56.
Oito minutos depois, houve uma nova explosão para destruir a suposta granada de bocal, que permaneceu intacta.
Por fim, às 15h21, os policiais fizeram mais uma detonação para separar a ogiva do corpo dos artefatos. “Usamos produtos explosivos que neutralizam o efeito da bomba.
Utilizamos aqui o cordel detonante”, explicou o capitão do Esquadrão Anti-bombas da Companhia Independente de Operações Especiais, Flávio França.
O capitão explicou o que se deve fazer ao encontrar objetos que possam ser explosivos. “Não se deve tocar. É preciso isolar o local e ligar para o 190 para que as autoridades responsáveis seja acionadas”, salientou.