O candidato a deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) comentou nesta quarta-feira (4), as críticas feitas pelo presidenciável José Serra (PSDB) e pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que disputa o Governo de Pernambuco, na área de educação no Estado.

O peemedebista frequentemente acusa o governador Eduardo Campos (PSB), seu adversário, de ter que importar mão de obra para os empreendimentos que estão sendo implantados no Estado.

A crítica resvala diretamente em Côrte Real, presidente licenciado do Sistema S, que tem 14 escolas técnicas espalhadas por Pernambuco. “Têm fundamento (essas críticas de José Serra e Jarbas Vasconcelos), mas é uma preocupação nossa. É um desafio.

Nós tivemos e temos condições de, se tomarmos as providências cabíveis, não importar tanta mão de obra quanto dizem que a gente vai importar”, disse Jorge Côrte Real num almoço em sua homenagem promovido pelo Caxangá Ágape, numa churrascaria na Zona Sul do Recife.

Côrte Real justificou a necessidade de “importação” com o aparecimento de demandas inéditas no Estado. “O grande desafio é que nós temos alguns segmentos industriais que nós não tínhamos aqui no nosso Estado, como o setor naval e de petróleo e gás.

O grande desafio imposto a nós, enquanto Federação das Indústrias, enquanto Sistema S, quando eu estava na presidência - hoje estou licenciado -, foi, em parceria com os Governos Federal, Estadual e prefeituras, dar condições de preparar essa mão de obra para ser absorvida”, explicou.

Ele afirmou que apenas profissionais que exercem funções muito específicas estão vindo de fora. “No caso do Estaleiro, a grande maioria do pessoal empregado é de lá da região, treinado pelo Senai”, disse. “Nós (Sistema S) nos adaptamos rapidamente, fizemos investimentos, ampliamos o número de escolas técnicas do Senai, investimos nos nossos professores e instrutores, de modo que preparamos boa parte da mão de obra que está sendo utilizada em Suape.

Por exemplo, só na terraplanagem da Refinaria (Abreu e Lima), nós formamos mais de mil profissionais que operaram todos os equipamentos utilizados nesta etapa.

A mesma ação estamos fazendo nas transposições, de modo que não está sendo necessário importar mão de obra para operar esses equipamentos”, anotou.