Na Folha Online A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (4) que hoje não se discute a criação de uma nova contribuição para financiar a saúde pública, em substituição à CPMF, extinta em 2007.

A candidata disse que será necessário “se virar” com os R$ 40 bilhões anuais a menos para investir no setor. “Não estou discutindo a criação de um novo tributo.

Só estou discutindo aqui um programa de saúde. (…) Temos que fazer o possível e o impossível com o que temos”, afirmou Dilma em Brasília.

A ex-ministra da Casa Civil visitou nesta manhã o hospital público Sarah Kubitscheck, no centro de Brasília.

A unidade é referência nacional no tratamento e reabilitação de deficiências motoras.

A Rede Sarah está presente em oito capitais: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Macapá, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís.

No orçamento deste ano, foram destinados R$ 600 milhões à rede, que realizou cerca de 20 milhões de procedimentos em 2009.

Segundo a candidata, o Sarah pode ser uma referência para transformar locais como o Hospital de Base, outro hospital público com sérios problemas situado ao lado do Sarah, em um local com atendimento de qualidade e sem filas, desde que se invista na gestão.

Dilma afirmou que, em termos de saúde pública, seu objetivo é dar um tratamento especial ao que se refere à saúde da mulher, do pré-natal ao neonatal, e à prevenção do câncer.

A candidata petista também disse que seu plano de governo ainda não está fechado, por ainda existirem negociações pendentes com os partidos aliados.

Dilma visitou a ala infantil do hospital acompanhada pela primeira–dama Marisa Letícia e pelo ex-ministro da Fazenda, o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), onde crianças cantavam e brincavam com recreadoras do hospital ao lado de familiares.

A candidata conversou com as crianças e, depois, foi conhecer as instalações a convite da administração do próprio hospital.

Sobre o debate marcado para esta quinta-feira (5) na TV Bandeirantes, a petista afirmou que não está preocupada. “Ao longo da vida, tive problemas muito mais graves.

Eu tenho um treino hoje, e os meus treinadores estão aqui”, disse, em referência aos jornalistas presentes, em entrevista coletiva que cedeu em frente ao hospital.