Blog de Jamildo - Pesquisa da CNI View more documents from Jamildo Melo.

O ritmo de crescimento da atividade industrial diminuiu no segundo trimestre do ano.

O indicador de produção recuou para 51,8 pontos e o de emprego caiu para 54,6 pontos.

A utilização efetiva da capacidade instalada em relação ao usual ficou em 48,4 pontos e os estoques se mantiveram dentro dos níveis planejados pelos empresários.

As informações são da Sondagem Industrial do segundo trimestre, divulgada nesta quarta-feira, 28 de julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem.

Valores acima de 50 pontos indicam crescimento. “O excepcional desempenho registrado no primeiro trimestre não se manteve no segundo”, destaca a pesquisa.

Na avaliação da CNI, isso é resultado do fim da redução temporária de impostos adotada pelo governo para estimular o consumo e reduzir o impacto da crise financeira internacional na economia brasileira.

Os incentivos fiscais, adotados no final de 2008 e extintos no início deste ano, favoreceram a compra de produtos como automóveis, eletrodomésticos e móveis.

A queda no ritmo da produção foi mais intensa nas pequenas empresas, segmento que, tradicionalmente, reflete com maior rapidez as mudanças no cenário econômico interno.

O indicador de produção nesse segmento caiu de 51,7 pontos em maio para 49,1 pontos em junho.

O uso da capacidade instalada também recuou para 46,1 pontos entre as pequenas indústrias.

Nas grandes empresas, a produção caiu de 57 pontos em maio para 54,4 pontos em junho e a utilização da capacidade instalada recuou de 50,9 pontos para 50,4 pontos no mesmo período.

De acordo com a Sondagem Industrial, embora em ritmo mais moderado que o do primeiro trimestre deste ano, a atividade industrial deve continuar crescendo. “Os empresários continuam otimistas em relação aos próximos seis meses e esperam a manutenção do crescimento da demanda, das exportações e das compras de matérias-primas”, afirma a pesquisa.

O indicador de perspectivas dos empresários em relação à demanda ficou em 63,5 pontos em julho, similar aos 63,4 pontos registrados em junho.

As expectativas para as exportações também permaneceram em 52,2 pontos e as de compra de matérias-primas alcançou 60,9 pontos.

Otimistas com o futuro, os industriais pretendem manter as contratações.

O indicador de expectativa de emprego ficou em 55,9 pontos em julho.

Os indicadores de expectativas variam de zero a cem.

Valores acima de 50 indicam previsões otimistas.

A Sondagem Industrial do segundo trimestre foi feita com 1.353 empresas de todo país entre 30 de junho e 20 de julho deste ano.

Entre as indústrias consultadas, 771 eram pequenas, 393 médias e 189, grandes.