O presidente da República explicou que decidiu lançar o Programa Um Computador por Aluno (ProUCA) como forma de trazer benefícios os meninos e meninas que são seus conterrâneos.
E quando um auxiliar indagou sobre qual explicação daria para a escolha do município, Lula disse: “Fale que foi o critério Lula.” O presidente acrescentou que com o lap top “essas crianças vão ter muito mais oportunidades”.
Lula disse que chegou a temer pelo lançamento do programa pois durante muito tempo acreditava que ao dar um equipamento para o aluno ele deixaria de conversar com as pessoas e viveria apenas no mundo cibernético.
Porém, ao visitar o município de Piraí, no Estado do Rio, conheceu um programa semelhante feito pelo vice-governador fluminense Luiz Fernando Pezão.
Antes da chegada do computador, a evasão escolar beirava 30%.
Quando o equipamento foi instalado na escola, o ano letivo termina com 100% de alunos nas salas de aula. “Hoje eles aprendem muito mais.
Têm informações daquilo que acontecem no mundo.
Nós estamos fazendo um programa piloto.
Estamos distribuindo 150 mil computadores para 300 cidades no Brasil”.
Lula explicou que desde 2004 tem promovido reuniões com auxiliares para que o governo estabelecesse mecanismo para baratear o preço dos computadores.
Segundo ele, o objetivo era permitir que a população mais carente tivesse condições de adquirir o equipamento “que virou uma paixão sobretudo entre as crianças e adolescentes”.
E isso foi conseguido com o passar dos últimos anos.
Agora, o governo vai atuar nas escolas com a oferta de serviços de banda larga, que permite uma internet com mais velocidade, e ampliar a oferta de computadores de maneira a assegurar laboratórios de informática nas escolas brasileiras.
No discurso, o presidente Lula contou também sobre a revolução que o seu governo vem fazendo na área da educação com a construção de 214 institutos federais e criação de 14 novas universidades.
E ele disse que estes avanços acontecem na gestão dele e do vice-presidente José Alencar “que não temos curso superior”.
Lula disse que ficou emocionado quando se reuniu com cerca de 400 jovens que se formaram em Medicina por meio do ProUni, programa que assegura bolsas de estudos para alunos carentes em faculdades particulares, e que jamais teriam condições financeiras fazer tal curso superior.
O presidente defendeu uma mudança de postura no Brasil, ou seja, que deixe de ser um exportador de matéria-prima e passe a exportar produtos acabados.
Isso será possível por meio do conhecimento.
Ou seja, com os mecanismos colocados à disposição da sociedade será possível um amplo desenvolvimento e, deste modo, em vez de exportar por exemplo minério de ferro, o país exporte chips.