À distância, estou cobrindo o evento da redação, pareceu-me que o discurso de Dilma não empolgou muita gente.
Boa parte da fala acabou perdendo-se por conta de problemas na recepção do áudio.
Vamos aguardar a matéria consolidada de Daniel Guedes, intrépido repórter enviado especial a Garanhuns.
Dilma disse, no encerramento, que se via obrigada, pelo legado de Lula, a fazer muito e cada vez mais por Pernambuco.
A promessa foi feita a Eduardo Campos, que em sua fala havia pedido que ela pelo menos empatasse a ajuda que Lula deu a Pernambuco.
Como é de praxe, neste meio, depois de elogiar Lula e Eduardo, Dilma dedicou algumas palavras aos senadores, argumentando que não conseguiria levar adiante o desafio de gerir o Brasil sem a ajuda de senadores ligados ao projeto e deputados federais idem.
No começo do discurso, ela já havia chamado Humberto Costa de companheiro e lembrado à época da transição do governo FHC para Lula, quando também trabalhou com Eduardo Campos como ministro de Lula.
Dilma disse que Humberto seria um dos mais nobres senadores da república.
Ponto.
A melhor frase, no entanto, foi dedicada a Armando Neto, por não ser algo vago e abstrato.
Dilma disse que Armando Neto, ex-presidente da CNI, não era homem da especulação e estava sempre interessado na produção, na geração de empregos, especialmente em Pernambuco.
Bingo.
A candidata do PT declarou que iria se eleger a primeira mulher presidente do Brasil e tratou Lula como a reverência de maior líder que este país já teve.
Referência sintomática em seu discurso foi a referência como sagrado o compromisso assumido de levar a continuidade do governo Lula.
O próprio presidente comparou-se a Jesus Cristo no palco, alvejado por traídores e açoitado como um cão.
Não foi a primeira vez nem será a última que tenta dar uma aura de messianismo a sua missão aqui na terra.