Do Portal Terra A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, classificou o ex-presidente Fernando Collor (PTB), de “ex-adversário” político e disse que todos os que estiverem alinhados ao objetivo de crescimento com distribuição de renda são “bem-vindos”. “O Brasil é hoje um país bastante diversificado, com realidades políticas bastante diferentes.
Eu sou do PT, mas não vou governar só com o PT”, disse, ao ser questionada sobre a aproximação com Collor nesta quinta-feira (22) em Brasília durante a sabatina promovida pela Rede Record .
Nesta quarta, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas concedeu uma liminar autorizando a divulgação de um jingle de campanha do senador do PTB, que concorre ao governo em Alagoas.
Seu adversário no Estado, Ronaldo Lessa (PDT), havia contestado o uso do nome de Lula e da candidata petista no jingle de Collor.
Questionada se o eleitor encararia bem a aproximação Lula-Collor-Dilma, a candidata petista disse que “essa não é a questão fundamental”. “A questão fundamental para o eleitor é o que nós fizemos, quem segue quem e quem lidera quem”.
Citando a redução da pobreza no país e a política de “crescimento com distribuição de renda”, Dilma disse que “todos aqueles que quiserem seguir isso são bem-vindos”. “Nós não vamos dizer: ‘vocês não podem me acompanhar’”.
Os entrevistadores ainda insistiram no fato de Collor ser um “ex-inimigo” político, classificação que a candidata petista corrigiu: “é um ex-adversário, porque ‘inimigo’ nas condições democráticas em que vivemos, é uma palavra muito forte (…).
O que nós não podemos é ter uma posição de dubiedade.
Nós sabemos a quem servimos, nós servimos a 190 milhões de brasileiros”.
Dilma Rousseff disse que “irá teimar” para realizar a reforma política. “O PT sempre quis fazer a reforma política.
Tentamos e não conseguimos.
Sou a favor da gente tentar (…) eu vou teimar para fazer a reforma política”.
A candidata petista ainda afirmou que se for eleita não irá “governar só com o PT”. “Temos que considerar que o Brasil é bastante diversificado, com realidades políticas diferentes.
Eu não vou governar só com o PT (…) não podemos liderar sozinhos”, afirmou a candidata.