O procurador da República Antonio Carlos Barreto Campello, responsável pelo caso, diz, com todas as letras que as três principais produtoras envolvidas nos escândalos da Empetur são, na realidade, uma só, manobradas peloprodutor Walter Henrique Schineider. “A produtora Yamé Shamá e Mr Promoções e Eventos são laranjas, já que suas titulares apenas emprestaram os nomes ao Walter Henrique.Uma delas sequer sabia onde era situada a empresa em que era titular”, espanta-se o agente público, referindo-se à empresária Simone Cibele e à empresa Yavé Shamá, que ficaria no Cabo.

No caso dela, a ligação com Walter, o elo, é o próprio marido dela, Rogério de Souza, que já havia trabalhado prestando serviços de som ao dono da Walter Shows.

A suposta empresária Márcia Roberta, da mesma forma, não sabe nem o nome do endereço no Cabo da firma MR Produções e Eventos.

No caso, ela vive com Walter Henrique e disse ao MPF que o marido pediu que abrisse a empresa.

Não por acaso, as duas empresas foram registradas poucos dias antes da assinatura dos contratos com a Empetur.

A Yavé no dia 19 de novembro de 2008 e a MR Promoções no dia 5 de novembro. “Assim, a Empetur negociou de fato sempre com uma única empresa”, diz o promotor, protestando contra a falta de licitação ou busca de empresas mais sérias.