Prezados, venho por meio desta, declarar a minha total surpresa, indignação e revolta com relação à bilheteria da FENEART 2010.

Ontem, dia 11/07/2010, último dia da referida feira, estive na companhia do meu esposo, cunhado e cunhada na referida feira de artesanatos.

Sou Biomédica, estudante de doutorado da UFPE e no momento da compra dos ingressos meu esposo foi tratado de forma arrogante, ignorante e rude pelo funcionário da bilheteria, pois tentava comprar um ingresso de meia-entrada para mim, apresentando a minha declaração de vínculo com a instituição onde curso o programa.

Fomos tratados como mentirosos e desinformados.

Prática comum e legal como nos informa o Artigo I da Medida Provisória 2208/2001 emanada pelo, na época, Vice-presidente da República em Exercício, Sen.

Marco Maciel e que foi agraciada como lei pela Emenda Constitucional nº 32/2001. “Art. 1o A qualificação da situação jurídica de estudante, para efeito de obtenção de eventuais descontos concedidos sobre o valor efetivamente cobrado para o ingresso em estabelecimentos de diversão e eventos culturais, esportivos e de lazer, será feita pela exibição de documento de identificação estudantil expedido pelos correspondentes estabelecimentos de ensino ou pela associação ou agremiação estudantil a que pertença, inclusive pelos que já sejam utilizados, vedada a exclusividade de qualquer deles.” Fomos tratados como mentirosos e desinformados.

Não cedemos às pressões e não nos calamos simplesmente.

Indignado e na tentativa de resolver a celeuma, meu esposo se dirigiu à coordenação externa do evento, que, apesar de não dispor da informação correta em relação à apresentação de documento de identificação estudantil, aceitou a compra dos ingressos e o encaminhou a coordenação da bilheteria para que o mesmo fizesse uma reclamação formal.

Ao fazer a reclamação ao coordenador da bilheteria, para surpresa nossa, um cidadão que responde pela alcunha de Brunão, foi muito mais rude que o seu próprio funcionário, inclusive me “mandando” calar a boca, pois não estava falando comigo e sim com o meu marido quando tentei detalhar um pouco mais o ocorrido e informar que o responsável pela empresa terceirizada precisava treinar melhor os seus funcionários.

Vale frisar, soube que a bilheteria da Feneart não tem nenhuma ligação com a organização da feira e que a empresa que estava prestando o serviço de bilheteria seria a Festa Cheia Produções, que, a julgar pelos seus funcionários, não possui o mínimo comprometimento e competência com um evento de tamanho porte.

Acredito que não seja preciso informar ao Governo do Estado e a AD Diper, que a Feneart é um evento de proporções internacionais e que, dessa forma, destaca Pernambuco em várias partes do mundo, atraindo comerciantes, turistas e cidadãos que, como eu, estão dispostos a consumir, movimentar o comércio e a cultura do nosso estado e ainda que a bilheteria é a “porta de entrada” de qualquer evento e, como tão bem nos ensina o especialista em marketing Philip Kotler, a satisfação do cliente em relação a um produto, bem de consumo ou serviço, está intimamente ligada a qualidade do mesmo, o que, em um evento como tal, presume-se como bom atendimento da bilheteria aos vendedores e artesãos.

Fica, então, a sugestão ao Governo do Estado, AD Diper e organização em geral do referido evento que nas próximas edições contratem empresas com maior responsabilidade e melhor referência em atendimento e trato com o público em geral.

Atenciosamente, Mariana Andrade