O GAJOP (Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares) enviou nesta segunda uma comunicação à Relatoria sobre Independência dos Juízes, da ONU, manifestando a preocupação da entidade com a situação de fuga de José Ramos Lopes Neto, condenado pelo assassinato de Maristela Just.
A relatora, para quem o documento foi enviado, é a brasileira Gabriela Carina Albuquerque e Silva.
Leia abaixo o texto do comunicado: NOTA PÚBLICA O GAJOP contabiliza 41 dias desde a condenação do assassino de Maristela Just, a 79 anos de prisão em regime fechado, pela prática de homicídio qualificado e de outras três tentativas de homicídio.
Pede esforço concentrado da Polícia Civil, Militar, Federal e Interpol para a localização e prisão de José Ramos Lopes Neto.
Preocupa-se agora com o tempo até o trânsito em julgado e com execução da sentença penal condenatória.
Indigna-se com a forma que o assassino e seu pai trataram o Poder Judiciário, litigando protelatoriamente, e a sociedade pernambucana, expondo comportamento machista, sexista e homofóbico, cujas declarações massacram a honra da vítima, ferem o senso comum e marginalizam ainda mais grupos vulneráveis.
Continua firmemente solidário com Nathália Just, com Zaldo Neto, com Ulisses Just (em memória), com demais familiares vitimados pela morte de Maristela e com a sociedade pernambucana pela sua firme decisão contra a impunidade e contra a violência de gênero.
E chama a atenção das autoridades de Estado para o respeito ao direito inalienável do acesso à justiça.
As instituições públicas não devem perder de vista que a prestação jurisdicional célere e eficiente é meio de pacificação e de consecução de justiça social.