Caro Jamildo Há 2 anos, no dia 18 de julho, foi estupidamente assassinada por policiais militares, a menina de 09 anos, Maria Eduarda Ramos de Barros, em uma ação da PM – PE, na Cidade Universitária, Recife – PE.
Até agora, os assassinos não foram sequer julgados.
Nós, seus pais, não podemos deixar o crime cair no esquecimento.
A forma que encontramos de avivar a memória da sociedade e das autoridades competentes em resolver o caso, foi um protesto pacífico, até porque somos terminantemente contra qualquer tipo de violência.
Escrevi esta carta para que todos saibam como temos vivido sem a nossa pequena Duda.
Não tem sido nada fácil.
Assim, peço, encarecidamente, que divulguem esta carta, que segue em anexo, no MCS pelo qual são responsáveis e, tenham certeza, que estarão dando uma grande contribuição para que a justiça seja feita.
Desde já, meu sincero agradecimento e que Deus vos abençoe e vos livre de todo o mal.
Francisco Albuquerque de Barros Pai de Maria Eduarda Ramos de Barros Entenda o caso A menina Maria Eduarda de Barros, que tinha nove anos, foi morta durante um tiroteio entre dois policiais militares e quatro bandidos, na Cidade Universitária, em julho de 2008.
Na data, às 23h, a família de Maria Eduarda saía de uma festa no bairro da Cidade Universitária, zona oeste do Recife, quando foi abordada por bandidos.
Dois assaltantes armados com revólveres cercaram o carro.
Outros dois teriam ficado em um carro de apoio.
De acordo com testemunhas, os bandidos já estavam indo embora quando policiais militares, que estavam perto do local do crime, chegaram atirando.
Três bandidos conseguiram fugir.
Maria Eduarda Ramos de Barros morreu.
O criminoso que ficou entrou no carro da família para tentar se proteger.
A irmã mais velha de Maria Eduarda, a advogada Ana Virgínia, e o marido, o engenheiro Márcio Malveira, estavam nos bancos dianteiros do veículo.
Na parte de trás, estavam cinco crianças.
No tiroteio, ficaram feridos Bruna Vitória Ramos de Barros, 11 anos, e Caio Malveira de Albuquerque, 6 anos.
Márcio Malveira, que dirigia o carro, levou um tiro de raspão na cabeça.