Nesta terra de tradição política pastoril, sempre pode aparecer um palhaço para nos acusar de alguma coisa inverídica, no caso, que aderi ao eduardismo, mas já dá para afirmar com segurança que a questão do combate à violência será um dos principais handicap do governador Eduardo Campos na sua disputa eleitoral deste ano.
Se não bastasse os resultados positivos do Pacto pela Vida na redução da criminalidade, no mandato que se encerra, deve-se dar o crédito e é mérito que não pode ser negado ao jovem administrador, que o socialista teve a coragem de fazer amplas mudanças No primeiro momento, não demonstrou tanta coragem assim, é verdade, escudando-se nos assessores da SDS, toda vez que um questionamento mais contundente por resultados era feito, mesmo tendo dito, na campanha que assumiria pessoalmente o comando da segurança e por ela responderia.
Não importa.
Importa é que a sensação de segurança efetivamente é melhor hoje.
O pulo do gato, vá lá, um dos, foi a troca de vários delegados antigos, ajudando a oxigenar a viciada máquina policial do Estado.
O próprio Jarbas sempre reclamou que deu dinheiro, comprou armas e equipamentos, sem que os resultados fossem os desejados.
Também sou testemunha de que o ex-governador do PMDB, sempre que provocado sobre o assunto segurança pública, dizia que se tratava de uma questão nacional.
Como a União está andando e andando para o combate ao crime organizado, seja financeiro, seja a importação de armas de forma clandestina, um caminhão de gente acabou indo para outra dimensão antes do tempo.
A ampla cobrança de resultados pela área de planejamento também ajudou a mudar o quadro.
Para que se tenha idéia, somente em 2003 a contagem dos homicídios era estruturada.
Nesta área, vale a pena destacar o papel dos garotos do PE Body Count, que deram ampla divulgação à escalada de mortes, coisa para aparecer até no Fantástico.
Um marco recente do avanço na modernização de nossas polícias acredito que tenha sido o caso da alemã assassinada pela própria família.
Uma pernambucana desavisada, acreditando que a impunidade é quase regra no Brasil, viajou para o Estado contando que ninguém daria conta do crime em pleno carnaval.
Rasgou a boca.
No meio do caminho, teve até uma ameaça de greve da PM, que acabou sendo contornada.
Não se sabe se a insatisfação salarial da tropa será cobrada nas urnas.
Em suma, há muito a ser feito?
Há.
E ninguém deve descuidar da questão.
O Sistema Jornal do Commercio também deve orgulhar-se dos avanços e resultados alcançados, uma vez que nunca descurou-se do tema e fez as cobranças no tempo certo, mesmo enfrentando a incompreensão e as críticas de auxiliares governamentais.
Vamos ao debate eleitoral e às novas promessas.
Queda de homicídios é a maior em 8 anos