Da assessoria do senador O candidato da coligação Pernambuco Pode Mais (PMDB, PSDB, DEM, PPS e PMN), senador Jarbas Vasconcelos, participou hoje de amanhã de um encontro com os dirigentes do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

O objetivo da conversa – realizada na sede do Simepe – foi ouvir propostas dos profissionais da área de Saúde que possam ser incorporadas ao programa de Governo da oposição.

Jarbas também se comprometeu com as entidades em participar de um debate que o setor médico do Estado pretende fazer com todos os candidatos ao Governo do Estado.

O debate – com cada um dos candidatos – deve ocorrer em agosto, na sede da Associação de Médica de Pernambuco.

Participaram da reunião com Jarbas, os médicos André Longo, presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Sílvio Sandro Rodrigues, presidente do Simepe, Antonio Jordão, secretário-geral do Simepe, Ricardo Paiva, ex-presidente do Simepe e atual conselheiro do Sindicato, Tilma Belfort, diretora de Relações Interinstitucionais do Simepe, e Malu David, diretora de Saúde Suplementar do Simepe.

Jarbas Vasconcelos disse que o principal objetivo do encontro foi atingido, que era exatamente colher propostas para o seu programa de Governo. “A Saúde é apontada hoje pela população como o maior problema não só de Pernambuco, mas de todo o País. É fundamental que a gente construa um novo modelo de gestão para o setor da Saúde pública e isso não pode deixar de fora as entidades que representam os profissionais da Saúde”, argumentou Jarbas Vasconcelos.

Para Jarbas, a política para a Saúde não deve ser restringir a construir novos prédios, mas assegurar a prestação de um serviço médico público de boa qualidade e de forma descentralizada. “O que mais tenho ouvido no interior são queixas por conta do esvaziamento dos hospitais regionais”, disse o senador.

Os dirigentes do Simepe e do Cremepe foram unânimes nas críticas à forma como o atual governador vem conduzindo a política estadual de Saúde Pública, sem diálogo com as entidades médicas.

Para os médicos, o Governo provocou uma profunda desorganização do setor, abandonando a gestão pública do setor, concentrando o atendimento médico no Recife e no entorno da capital e isso implicou no abandono dos hospitais regionais do interior do Estado.

Faltam médicos de diversas especialidades nas novas unidades abertas pelo atual Governo.

O Estado está inclusive tirando médicos que hoje trabalham para as prefeituras, no Programa Saúde na Família (PSF).

Além disso, os hospitais já existentes estão com seus recursos sendo reduzidos.

Os médicos ressaltaram que durante o Governo Jarbas – apesar de alguns embates – houve muitos avanços, como a implantação do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos (PCCV) da categoria e a criação (por projeto de lei) de uma câmara arbitrária, composta por representantes do Legislativo, do Ministério Público e das entidades médicas, para intermediar as negociações entre as operadoras de planos de saúde e os médicos.