Do Jornal do Commercio Mesmo com o Brasil fora da Copa do Mundo de futebol e com o início oficial da campanha política na próxima terça-feira, o governador Eduardo Campos (PSB) disse ontem que pretende manter o seu cronograma de trabalho e só entrar no corpo a corpo da eleição em agosto.

Até lá, entretanto, os partidos da sua coligação (Frente Popular) e os candidatos ao Senado – Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT) – pretendem organizar alguns eventos juntos.

O governador quer dedicar seu tempo, até o final de julho, à reconstrução das cidades pernambucanas atingidas pelas enchentes.

Hoje, inclusive, recebe o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, que é cearense e visita alguns dos municípios afetados.

Depois, almoça com o governador no Palácio.

O TCU vai acompanhar o uso dos recursos públicos destinados aos desabrigados para evitar, nessa época de eleição, que ocorra a velha prática do clientelismo, da troca de voto por favores.

Essa também é a preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, esteve em Pernambuco para verificar como as vítimas estão recebendo os benefícios.

No último dia permitido pela legislação eleitoral para inaugurar obras, o governador Eduardo Campos colocou em funcionamento, ontem, a Unidade de Pronto-Atendimento de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e participou da cerimônia de abertura da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), no Centro de Convenções.

Ficou mais de três horas percorrendo os estandes.

Na ocasião, o artista Antonio Marinho, que é uma espécie de garoto propaganda da atual gestão, foi ao microfone narrar todos os passos dados pelo governador na entrada principal da feira.

O governador também comentou o resultado da nova pesquisa do Datafolha, que dá empate técnico entre os candidatos à Presidência José Serra (PSDB), com 39% das intenções de voto, e Dilma Roussef (PT), com 38%.

Para ele, os números traduzem a exposição do tucano nos programas partidários da televisão nos últimos dias.

Agora, com o fim desse espaço e o início da campanha, haverá um equilíbrio.

Pelo menos até a veiculação do guia eleitoral, em agosto.

Dilma, de acordo com Eduardo, crescerá porque tem sua imagem associada à de Lula.