O vice-presidente nacional do Democratas (DEM), deputado federal José Carlos Aleluia, declarou nesta quinta-feira, em Brasília, que, dois meses depois da paralisação das obras do canal da Transposição do rio São Francisco, nos municípios de Cabrobó e Petrolândia, sertão pernambucano, por falta de pagamento do governo federal, os serviços continuam parados, sem solução, acarretando enormes prejuízos aos municípios, que assistem a economia entrar em processo de colapso.
Segundo Aleluia, a paralisação das obras é um exemplo do desperdício do dinheiro público. “O governo inicia obras apenas para filmar os movimentos iniciais e gastar fortunas com propaganda enganosa.
Em pouco tempo tudo para.
O que era um sonho para milhares de nordestinos transforma-se num pesadelo.
Mas a propaganda caríssima continua na TV e no rádio”, criticou Aleluia.
O canal que estava sendo construído na região de Cabrobó levará água para os Estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, segundo projeto.
Segundo o deputado, outra obra da transposição do São Francisco paralisada é o Canal que estava sendo construído no Município de Petrolãndia, também em Pernambuco.
Ele transportaria água para o Estado da Paraíba.
Nessa obra, outras 2 mil pessoas ficaram sem emprego.
E o comércio do município esvaziado. “Empresários de Cabrobó e Petrolândia confiaram no governo federal, que prometeu iniciar e concluir as obras, considerando-a prioridade.
O que se vê hoje é abandono.
Desolação.
Pelo menos duas mil pessoas perderam o emprego.
O consórcio responsável pela construção mantém apenas um pequeno grupo de trabalhadores no local da obra”, disse Aleluia.“A dívida do governo federal junto ao Consórcio Construtor Águas do São Francisco, formado pelas empresas Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, Serveng e S.A.
Paulista, responsável pelas obras do canal em Cabrobó, é da ordem de R$ 70 milhões’. “É inacreditável que essa obra tenha sido considerada prioridade do governo do PT, que os altos escalões da administração pública tenham anunciado a importância do empreendimento para o Nordeste e hoje o projeto esteja paralisado, provocando transtornos a milhares de famílias da região, que vivem necessidades extremas e dependem desse emprego”, lamentou Aleluia.
Os nordestinos, de acordo com Aleluia, continuam como “massa de manobra para discurso fácil e demagogia”. “Quantas vezes a comitiva presidencial foi ao Nordeste anunciar obras e realizações que mal saem do papel, quando saem?
O povo nordestino precisa reagir aos falsos salvadores da pátria”, disparou Aleluia.