Da Folha de São Paulo O porta-voz do STF, Pedro Del Picchia, disse que o presidente Cezar Peluso não afrouxou a regra do nepotismo ao contratar um casal para trabalhar no tribunal. “Não se trata de afrouxar a regra, mas interpretá-la corretamente de modo a não prejudicar pessoas que estão fazendo o seu trabalho honestamente, cumprindo carga horária e o exercício de suas funções”, disse.
Segundo ele, Peluso acredita que, “se for suscitado, o STF deve examinar a possibilidade de esclarecer aspectos da súmula para evitar uma interpretação radical”.
O entendimento de Peluso é que “o espírito da súmula é evitar excessos e abusos que estavam de fato ocorrendo em vários órgãos do Poder Público.
Não há nenhum paralelo entre os casos de favorecimento de parentes e situações de pessoas que estão prestando serviços qualificados no mesmo órgão e, por acaso, são parentes”. “Como presidente do CNJ, o presidente Cezar Peluso defenderá os mesmos princípios.
Combaterá, com vigor, qualquer tipo de abuso e ilegalidade”, disse Del Picchia. “Não há favorecimento neste caso, os funcionários estão em funções completamente diferenciadas e não há nenhuma relação de subordinação funcional entre eles”, afirmou Del Picchia.
O servidor José Fernando Nunes Martinez afirmou que a sua contratação e a de sua mulher foram legais. “Se fossemos trabalhar sob a ordem um do outro, não poderia”, afirmou.
Sua mulher, Márcia Maria Rosado, não quis se manifestar.