Por Johanna Nublat, da Folha.com A candidata Marina Silva (PV), na corrida à Presidência, criticou nesta quinta-feira o uso de informações obtidas de maneira ilegal nas eleições. “Como é que a sociedade vai acreditar que alguém que, para ganhar uma eleição, quebra as regras do Estado democrático de direito vai cumprir com as regras quando chegar à Presidência da República?”, questionou a candidata em coletiva nesta quinta-feira (17), antes de debate na Universidade de Brasília.

A pergunta feita à candidata discorria sobre o nível da campanha após o escândalo do dossiê que circulou entre parte dos integrantes da campanha de Dilma Rousseff, candidata petista à Presidência.

Marina também brincou com sua posição nas pesquisas eleitorais –hoje ela é a terceira colocada, com 12% das intenções de voto segundo pesquisa do Datafolha.

Perguntada sobre uma suposta estagnação na corrida presidencial, ela respondeu: “Tomara que eu estacione em 51% dos votos para ganhar em primeiro turno”.

A candidata falou ainda sobre outros temas.

Disse que defendeu o parlamentarismo no plebiscito de 1993; aproximou os concorrentes José Serra (PSDB) e Dilma, dizendo que os dois se apresentam como “gerentes e tecnocratas”, contrapondo essa caracterização à necessidade de uma “liderança”; e ainda se disse torcedora do Brasil em tempos de Copa do Mundo.

PV do Rio Segundo Marina, o candidato do PV ao governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, negou hoje o rompimento do PSDB com o partido para formação de palanque para governador. “Além disso, estive ontem o dia inteiro com o [Alfredo] Sirkis [coordenador da campanha de Marina no Rio] e e ele não cogitou essa possibilidade.” Segundo matéria publicada hoje na Folha de S.

Paulo, com aval de Serra, o comando tucano decidiu lançar um candidato majoritário no Estado.

A decisão é que o tucano Márcio Fortes deixe a vice do candidato do PV para tentar o Senado.