Nota do CQC, programa da Rede Bandeirantes de Televisão (via Blog do Noblat): “Todos os dias, no Congresso Nacional, um grupo de rapazes e moças coleta assinaturas de deputados e senadores para projetos de leis e emendas constitucionais.

Sem ao menos ler, a maior parte deles assina os documentos.

O trabalho desses coletores é informal e, em alguns casos, lhes garantem uma renda de cerca de R$ 7 mil.

O dinheiro é pago pelo parlamentar interessado em conseguir que sua proposta seja discutida no Congresso.

Na quarta-feira da semana passada, o CQC produziu uma reportagem para mostrar a banalização na apresentação de novas leis.

Durante dois dias, uma equipe do programa coletou a assinatura de 11 deputados para uma emenda constitucional fictícia que incluía a cachaça entre os itens da cesta básica.

Em seguida, os parlamentares eram abordados pela repórter Mônica Iozzi, do CQC, que pedia uma explicação para a assinatura.

A maior parte dos deputados admitiu que não tinha lido o que assinara.

Um deles, entretanto, perdeu a cabeça e partiu para cima da equipe do semanário de notícias.

Com um ataque intempestivo e desproporcional, o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) tentou quebrar a câmera e ainda deu tapas no cinegrafista e no produtor do CQC.

Em sua defesa, alegou ter sido agredido pela equipe do programa.

Alega ainda que foi vítima de uma edição mal intencionada.

O que disse Nelson Trad à imprensa: “Eu vi a entrevista que ela fez com um colega parlamentar e recusei.

Cinco deputados já haviam sido abordados.

A repórter me disse ‘O senhor assinou um projeto incluindo cachaça no bolsa família’. ‘isso é coisa de moleque’, respondi”. “Eu já estava puto e segurei o microfone dela, e ela puxou.

Rasgou minha mão e segui com a mão cheia de sangue” “Avancei no cinegrafista e arrebentei o peito dele.” O único fato relatado por Nelson Trad que confere com a realidade é a afirmação de que arrebentou o peito do cinegrafista.

Se ele machucou a mão foi por conta dos tapas desferidos contra a câmera na tentativa de quebrá-la.

Em momento algum Mônica Iozzi ou qualquer integrante do CQC revidou os ataques do deputado.

Tampouco foram indelicados ou desrespeitosos com o parlamentar.

A palavra de Nelson Trad está em jogo.

A reputação do CQC também.

Na próxima segunda-feira, às 22h15, na Bandeirantes, tais dúvidas poderão ser desfeitas, quando veicularemos a cena na íntegra, sem cortes!

O CQC reafirma respeito pelas instituições democráticas e pela Câmara dos Deputados.

Também reafirma a sua luta constante pela transparência na política e pela liberdade de imprensa irrestrita na Casa do Povo.”